Twitter espera dobrar receita

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É difícil encontrar empresas que façam previsões otimistas para 2016 no Brasil. Por isso, é até estranho ouvir Guilherme Ribenboim, vice-presidente do Twitter para a América Latina, fazer uma projeção de crescimento de 100% para o ano que vem. Mas ele garante que é possível para a operação brasileira atingir essa marca. “O investimento em publicidade digital está protegido nesse momento, ganhando participação no bolo total”, disse.

Ribenboim, que também é presidente do Interactive Advertising Bureau (IAB), que reúne empresas de publicidade na internet, disse que para este ano, a previsão é que os gastos cheguem a R$ 9,5 bilhões, um crescimento de 14% em relação ao ano passado. A fatia que interessa ao Twitter, os anúncios em formatos de banner e imagens (os chamados display ads), em vídeo e em dispositivos móveis, representam pouco mais da metade desse total. Os números para 2016 ainda não foram fechados.

O Twitter tem receita entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões no Brasil, com uma base de cerca de 30 milhões de usuários. De acordo com Ribenboim, o alcance da companhia no mercado brasileiro chega a 40,7 milhões de internautas. O número inclui os usuários da rede social e as pessoas que usam aplicativos ligados às ferramentas de desenvolvimento de software da empresa, o Fabric. A receita do Twitter no país cresceu 139% no terceiro trimestre, com avanço de 45% no número de anunciantes. “O tíquete médio tem crescido entre as empresas que já trabalhavam com a gente.”

De acordo com Ribenboim, três fatores influenciarão o desempenho do Twitter no ano que vem. O primeiro é o recente investimento no formato de vídeo. Nos últimos dois anos, a companhia vem ampliando a capacidade de envio de vídeos no próprio Twitter – recentemente passou a aceitar arquivos com duração de até 10 minutos – e também em aplicativos secundários. Em 2013 lançou o Vine, de vídeos curtos e, no começo do ano, comprou a rede social de transmissão de vídeos ao vivo Periscope.

Nas medições do Twitter, um vídeo tem potencial seis vezes maior de ser compartilhado em relação a outros formatos, como texto e imagens, o que cria um grande potencial para os anunciantes.

Outra parte da estratégia está centrada na interação do Twitter com a programação de TV. A ideia é fortalecer o papel da rede como uma espécie de caixa de ressonância do que é visto na telinha. A final do “reality show” culinário MasterChef Brasil, da Bandeirantes, por exemplo, teve audiência de 2,2 milhões de pessoas na TV. No Twitter, ela chegou a 1,6 milhão.

Fonte: Valor

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