Jornada flex é discutida entre entidades e Governo

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Um grupo de entre 15 entidades de varejo e serviços (incluindo bares, restaurantes e franquias) discute com o governo a criação de uma jornada móvel. A ideia é criar uma cota “flex”, em que os horários de trabalho atenderiam à flutuação de clientes.

Aposentados, trabalhadores da terceira idade, jovens e estudantes poderiam trabalhar, por exemplo, de quinta-feira a domingo, ou apenas duas vezes por semana, conforme suas possibilidades e segundo a demanda do estabelecimento ou loja.

Para os empresários desses segmentos, as regras trabalhistas atualmente em vigor atendem uma economia voltada para o setor industrial desde a criação da CLT, na década de 40, e precisam ser modernizadas.

A legislação prevê jornada de 44 horas semanais —com oito horas diárias e limite de duas extras por dia. Pode ser alterada se houver acordo coletivo negociado com sindicatos.

A lei que regulamentou a profissão do comerciário, de 2013, permite jornada de seis horas diárias em turnos de revezamento.

“Com a jornada atual, o varejo tem quadro de funcionários maior do que precisa em alguns momentos e menor do que o necessário em outros”, diz o consultor Eduardo Terra, que preside a SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), entidade com executivos, empresários e especialistas do setor.

As conversas com o governo começaram em maio, mas se intensificaram num momento em que a queda da atividade econômica começa a afetar também o varejo e o serviço, antes ainda resistentes ao aumento de demissões.

Segundo Adriana Flosi, vice-presidente da federação das associações comerciais de SP (Facesp), a mudança beneficiaria também os trabalhadores de várias idades.

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