Apesar do dólar alto, brasileiros mantêm compras em sites estrangeiros

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O câmbio desfavorável dos últimos meses não tem sido fator desestimulador para brasileiros comprarem em sites estrangeiros.

Segundo pesquisa encomendada pelo PayPal, a estimativa do tamanho do mercado brasileiro comprando no exterior será de R$ 9,5 bilhões para 2015 somente nos Estados Unidos. A China também ganha protagonismo, com projeção de R$ 3,42 bilhões gastos por brasileiros no mesmo ano.

Realizada pela Ipsos, a pesquisa sobre o e-commerce global está em sua segunda edição e investigou os hábitos de compras online e entre fronteiras de mais de 23.200 consumidores em 29 países. No Brasil, 800 pessoas participaram da pesquisa.

Para Renato Pelissaro, diretor de marketing do PayPal para a América Latina, entender o comportamento do consumidor é crucial a medida que pessoas migram suas decisões de compras para o online.

“O que vemos é pessoas pesquisarem por produtos em lojas físicas, mas o processo típico de decisão cada vez mais termina no online. É onde elas acham os melhores preços”, compara o executivo.

De acordo com o estudo, 67% dos internautas brasileiros compraram online nos últimos 12 meses, desses 49% compraram em sites estrangeiros.

A previsão é que o mercado de e-commerce em 2015 – só no Brasil – movimente R$ 121 bilhões. Para 2017, a projeção é de R$ 181 bilhões em transações.

Por que sites estrangeiros?

À medida que o varejo tradicional se vê forçado a digitalizar seus negócios e processos para se manter na concorrência, o e-commerce tem sido a opção de grandes companhias para oferecer melhores preços para seus consumidores, um exemplo claro disso é a chinesa Xiaomi que mantém parte predominante de sua operação online.

A China, inclusive, tem crescido na estima dos internautas brasileiros. 32% dos que compraram online disseram ter comprado em sites da Ásia nos últimos doze meses. Dos compradores de sites no exterior, 33% indicaram que os sites AliExpress, Alibaba e TaoBao foram os principais destinos de seus gastos. Na sequência, aparece a Amazon com 16% e e-Bay, com 15%.

A fatia crescente do e-commerce chinês no Brasil – e mundo – tem sua razão de ser: o preço. Segundo a pesquisa, 85% daqueles que compraram na China afirmam que a principal motivação é a garantia de economias e 64% deles declararam que a diversidade de produtos que não têm acesso no Brasil é outro fator. Vale ressaltar que, entre as categorias de produtos mais buscados no mercado asiático são itens de baixo valor, incluindo aí a predominância para roupas, acessórios e calçados.

A pesquisa também indica que daqueles que compram em sites estrangeiros, há três categorias de produtos que têm maior potencial para serem concluídas fora do Brasil. São elas relógios e jóias (90%), vestuário (85%), itens de coleção e arte (78%) e eletrônicos de consumo (67%).

Por outro lado, há ainda certos empecilhos que desmotivam internautas brasileiros comprarem em e-commerces que não locais. 51% deles indicaram que o receio de pagar altos impostos de importação/ tarifas alfandegárias e outros taxas os levam a evitar a opção. 49% dizem que o câmbio está desfavorável e 45% afirmaram que o prazo de entrega não é rápido o suficiente.

Outro movimento irreversível que a pesquisa reforça é a migração da compra do desktop para o mobile. De acordo com o relatório,  mundialmente 47% dos consumidores online realizaram alguma compra via smartphone no último ano. No Brasil, 14% das compras vieram via smartphone e 8% via tablet. No ano passado, 13% dos brasileiros compraram via celular e 7% via tablet.

Via Idgnow

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