Por que ser legal nem sempre é bom para a sua carreira

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Ser a pessoa mais legal da equipe é sempre bom, mas pode ter um preço alto. É que priorizar a gentileza, muitas vezes, implica em comprometer a honestidade ou, ao menos, o senso crítico – o que no longo prazo pode acabar prejudicando a empresa, ou sua carreira.

Mas, se você está preocupado em ser legal, saiba que não está sozinho. Em um estudo realizado pela Fierce nos Estados Unidos, 63% dos entrevistados disseram que optaram por não compartilhar preocupações ou feedbacks negativos no trabalho. O motivo? não queriam parecer combativos, negativos ou pouco cooperativos.

Ainda segundo os pesquisados, ser legal no trabalho tem suas vantagens. As três principais são:

1. O trabalho é mais agradável quando você se dá bem com os colegas.
2. Ser legal torna mais fácil cumprir as tarefas
3. Suas oportunidades aumentam se as pessoas gostam de trabalhar com você

“É da natureza humana querer que as pessoas gostem de você”, lembra Stacey Engle, presidente da Fierce para uma reportagem da Fast Company. Segundo ela, somos treinados desde jovem para sermos agradáveis, mas isso pode tornar as conversas de trabalho ineficazes.

“A máxima ‘se você não tem nada de bom para dizer, não diga nada’ pode atrapalhar uma pessoa se ela não tiver habilidades de comunicação para se engajar em desafios e oportunidades importantes”, completa Engle.

Para o estudo, o ponto chave é lembrar que ser legal também significa levantar os problemas. Por exemplo, um gerente que ignora ou evita confrontar um funcionário que está com um comportamento inadequado, muita vezes perde tempo, acaba envolvendo instâncias desnecessárias, e alimentando um ambiente tóxico. Tudo isso para solucionar uma questão simples, que poderia ser resolvida em uma conversa um pouco mais dura.

Conversas honestas não são fáceis, mas, para Stacey, as empresas podem criar uma cultura na qual elas são a norma. Para começar, os líderes devem definir o comportamento padrão da empresa, absorver este comportamento na sua gestão e abrir espaço para que os funcionários colaborem com outras perspectivas. Um pacote de ações que ajudará a guiá-los por esse caminho.

“Alguns funcionários não se manifestam porque inventaram uma história em sua mente de que a outra pessoa não está disposta a ouvir o que ela tem a dizer”, diz a especialista. “Se eles não veem o comportamento sendo moldado, isso confirma sua teoria”, conclui.

Moldar um novo comportamento, que incentiva conversas sinceras e respeitosas, é especialmente importante para líderes do sexo feminino. A pesquisa descobriu que quando se trata de feedback negativo, elas têm mais receio de compartilhar suas impressões. Segundo o estudo, neste caso, 56% dos homens e 69% das mulheres optaram por não fazer comentários.

Fonte Época Negócios
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