Proteste faz teste com marcas de azeite e encontra 7 produtos fraudados

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Na segunda-feira, 08, a PROTESTE, Associação de Consumidores, divulgou os resultados do teste realizado com 69 marcas de azeites de oliva extravirgens, tendo como objetivo avaliar a qualidade desses produtos.

Foram analisadas as seguintes marcas: Allegro, Andaluzia, Andorinha, Báltico (Broto Legal), Barcelona, Batalha, Bom dia, Borgel, Borges, Borges Sybaris, Borriello, Camponês, Carbonell, Cardeal, Carrefour, Casa Medeiros, Casalberto, Cocineiro, Deleyda, Delfos, Do Chefe, Don Giovanni, EA, Estoril, Faisão Real, Filippo Berio, Gallo, Gallo Grande Escolha, Great Value, Herdade do Esporão, La Española, La Pastina, La Violetera, Maria, Menoyo, Monde, Mondegão, Mytholio, Nova Oliva, Obra Prima, Olitália, Olivas do Sul, O-live, Oliveira Ramos, Oliveiras do Seival, Olivenza, Ouro de Santana, Paesano, Paganini, Parus, Porto Valência, Portucale, Prezunic, Prosperato, Qualitá, Raniere, Renata, Rey, Santa Maria, Santiago, Serrata, Star, TAEQ, Terrano, Toureiro, Tradição Brasileira, Verde Louro, Vila Flor e ZOH.

As novidades desse teste incluem o aumento da amostra e a inclusão de azeites brasileiros na amostra, acompanhando o crescimento da produção nacional. Segundo dados divulgados pela Datamark, a produção de azeite de oliva no Brasil deve chegar a 150 mil litros em 2018, representando um incremento de 42,8% ante os 105 mil litros produzidos no ano passado no País.

RESULTADOS

Das 69 marcas avaliadas nesse teste, 7 marcas ditas extravirgens (BARCELONA, PORTO VALÊNCIA, CASALBERTO, OLIVENZA, BORGEL, FAISÃO REAL E DO CHEFE) foram consideradas desclassificadas, isto é: estão fraudadas e não podem ser considerados azeites por apresentarem indícios da adição de outros óleos vegetais. Vale lembrar que algumas marcas BORGEL (2017) e DO CHEFE (2017) já haviam sido reprovadas em testes anteriores pelo mesmo motivo.

Entre os produtos fraudados, as marcas DO CHEFE, BARCELONA e OLIVENZA não são envasados no local de produção. Ser envasado no mesmo lugar da produção permite que o azeite seja engarrafado logo após ser produzido, evitando que ele oxide e reduzindo também as chances de ser adicionado de outros tipos de óleos.

Quanto à rotulagem, apesar de algumas informações já estarem contempladas na legislação, ainda encontramos produtos que não atendem as recomendações como: data de envasilhamento, endereço do estabelecimento envasilhador, país de origem, menção correta da acidez, apresentação da informação nutricional, inclusão de menções obrigatórias sobre glúten e conservação e disponibilização de contato para atendimento ao consumidor.

Quanto a análise sensorial, na avaliação dos 3 painéis treinados internacionais certificados pelo COI (Conselho Oleícola Internacional), a maioria das marcas desclassificadas é considerada do tipo lampante, com exceção da BARCELONA considerada virgem. Devido ao cheiro forte e acidez elevada (é extraído de azeitonas deterioradas ou fermentadas), o azeite lampante não deve ser destinado à alimentação. Para ser consumido, ele deve ser refinado e misturado com azeite.. Outras 11 marcas foram identificadas como fora de tipo. As marcas LA PASTINA, VILAFLOR, PREZUNIC, GREAT VALUE, OBRA PRIMA, ESTORIL, PAESANO, CAMPONÊS e BOM DIA deveriam ser classificados como azeites virgens e o azeite de oliva CASA MEDEIROS como lampante.

Para ver o resultado completo e acessar o comparador entre no site: www.proteste.org.br/azeites

Qualidade produtos brasileiros

Mas nem tudo são más noticias. Além do Melhor do Teste, há outros 3 azeites brasileiros (num total de 4 marcas) entre 10 primeiros colocados desse teste, confirmando a qualidade dos produtos nacionais.

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