Heineken caiu no gosto dos brasileiros

0 389

A terceira maior cervejaria do mundo vem crescendo a passos largos no Brasil. Com ritmo de consumo acelerado, a marca precisa ampliar sua produção local.

Para isso, Didier Debrosse, presidente da Heineken no país há dois anos, decidiu deslanchar um investimento de R$ 1 bilhão, que permitirá ampliar a capacidade de produção dos 19 milhões de hectolitros atuais para 25 milhões de hectolitros até 2018.

O plano, a ser anunciado ao mercado amanhã, inclui a instalação de uma nova fábrica em Itumbiara (GO) – será a sétima da empresa no Brasil -, com aporte de R$ 650 milhões.

“Nós acreditamos no Brasil a longo prazo”, disse Debrosse ao Valor, que está na Heineken há 28 anos. Antes disso, este francês nascido na fronteira com a Alemanha, trabalhou na Nivea e na Kraft. Nesta, cuidando de café. “Foi quando comecei a ouvir falar muito do Brasil. Mas eu nunca tinha viajado para a América do Sul. A primeira vez foi em abril de 2013, para procurar um lugar para morar em São Paulo”.

Depois de oito anos trabalhando na matriz da Heineken, em Amsterdã, o comando lhe ofereceu duas opções, México ou Brasil. “Escolhi o Brasil porque o desafio é maior”. Sobre a recessão brasileira, ele é taxativo: “Esqueça os próximos dois, três anos.” A demografia, diz, é favorável à expansão do mercado de cerveja e a “classe C não vai querer voltar a ser D e E”.

As vendas da Heineken, nos nove primeiros meses de 2015, cresceram a um ritmo de dois dígitos no Brasil. Após 67 meses consecutivos de expansão, a cervejaria ultrapassou a Brasil Kirin, da japonesa Kirin, e tornou-se a terceira maior empresa de cerveja no mercado nacional, com 9,4% de participação de mercado.

Em 2014, a Heineken era a quarta colocada, com 6,7% de participação, atrás de Ambev (63,9%), Brasil Kirin (13,3%) e Cervejaria Petrópolis (11,5%). No segmento premium, segundo a companhia, a Heineken detém 18% do mercado.

O projeto de expansão no Brasil inclui a instalação de uma unidade fabril em Itumbiara (GO), com capacidade para processar 3,6 milhões de hectolitros, e investimentos de R$ 241 milhões para dobrar a capacidade da fábrica de Ponta Grossa (PR), de 2,6 milhões de hectolitros para 5,2 milhões de hectolitros. A unidade de Itumbiara vai fornecer cervejas para as regiões Centro-Oeste, Nordeste e para Minas Gerais.

Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.