Em sua primeira entrevista após anunciar uma “dieta” drástica nos investimentos, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, 51, não descartou um reajuste no preço da gasolina neste ano. Mas não enxerga a necessidade de um aumento agora.
O reajuste mais recente da Petrobras foi em novembro –3% na gasolina e 5% no diesel nas refinarias. Neste ano, houve aumento em razão da volta da cobrança de tributo.
Apesar de vitórias na condução da pior crise da petroleira brasileira, ainda pairam dúvidas sobre a imunidade da empresa em relação à interferência do Planalto contra reajustes, intervenção que afeta a situação financeira da companhia. “Não nos sujeitamos nem a um [mercado] nem a outro [governo].”
Criticado pela antecessora Graça Foster por não entender do setor de óleo e gás, Bendine devolve com provocação: “E você acha que o problema da Petrobras é de petróleo?”.
Ele prometeu não pôr à venda ativos do pré-sal e condenou mudanças no regime de partilha no momento. Uma solução intermediária, contudo, pode ser o caminho.