Com a pandemia do Covid-19, estar em casa se tornou imprescindível. As pessoas estão se conscientizando das medidas de segurança necessárias pela saúde do coletivo e, assumindo assim, preocupações com o próximo. A grande maioria dos brasileiros está trabalhando de casa e muitos empreendedores de pequeno e médio porte estão se reinventando diante do cenário atual mundial.
Para as grandes marcas, um alerta: 90,5% dos consumidores darão preferência a marcas que fizerem algo relevante agora. Em termos de soluções financeiras, 97,8% dos brasileiros querem desconto nos impostos agora e pelos próximos meses. E das empresas, esperam o mesmo, 94.64% gostaria que elas adiassem boletos e eliminassem a cobrança de juros. Tudo isso, segundo pesquisa Hibou/Indico.
São muitas áreas de atuação e fontes de renda. Nesse cenário complexo, 59,9% dos brasileiros estão trabalhando Home Office. O que não significa menos trabalho. 25,2% está trabalhando mais de casa do que trabalhava antes, segundo pesquisa Hibou/Indico. Mas mais de 15% dos brasileiros não sobreviverá sem faturamento nem por um mês.
Para entender esses números, as expectativas e a nova rotina de trabalho, a Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado, em parceria com a Indico, plataforma de dados, levantou um estudo entre os dias 23 e 24 de março. Foram mais de 2.400 entrevistados em todo o país, sendo 59% da cidade de São Paulo, via pesquisa online (98% de significância e 1,9% de margem de erro).
Formato de trabalho dos entrevistados
- 22,77% funcionários em empresa privada com atendimento ao público
- 17,81% autônomos informais
- 16,5% funcionários públicos
- 14,25% autônomos com MEI ou Simples
- 13,23% funcionários em empresa privada sem atendimento ao público
- 8,23% empresário sem funcionários ou empreendedor individual
- 7,12% empresários com funcionários
- 7,17% aposentados
- 6,19% estudantes
Mudança de hábito
Os brasileiros mudaram alguns hábitos após a pandemia.
- 88,1 % lavam a mão com mais frequência;
- 86,7% evitam de ir a locais públicos;
- 63,8% reduziram visitas a casa de amigos;
- 61,5% estão lendo notícias com mais frequência para se manter informado;
- 60,8% evitam comer fora ou nos restaurantes;
- 60,3% tentam não tocar no rosto na rua;
- 58,7% não encostam em superfícies públicas (maçanetas, botão de elevador, corrimão, balcão
- 48,2% olham redes sociais com mais frequência para se manter informado;
- 31,8% lavam as toalhas com mais frequência;
- 28,9% mudou a rotina para evitar horários mais cheios de gente na rua;
- 13,1% usam máscara na rua;
- 9,8% cancelou uma viagem já marcada para outro estado dentro do Brasil;
- 5,4% cancelou uma viagem já marcada para outro país.
Isolamento
- 13,57% dos brasileiros estão 100% isolados.
- 67,90% está se isolando, saindo só quando inevitável e tomando cuidado para ter o mínimo de contato com as pessoas.
- 15,06% tomam cuidado, mas ainda estão saindo pois não têm opção Home Office. Há uma minoria que não se importa com a restrição e isolamento social:
- 2,46% saem quando precisam, vendo amigos e família mesmo trabalhando de casa.
- Por fim, 1,02% não está nem um pouco isolado, vivendo normalmente
Consumo
- De olho na contenção de gastos, 23,58% dão preferência a alimentos e higiene, cortando os demais itens da lista.
- 12,81% já estão ou estão quase no vermelho para comprar mantimentos para casa.
- 21,25% continuam comprando as mesmas coisas e no mesmo volume;
- 8,23% tem comprado maiores quantidades que o normal.
- 80,20% só saem em caso de necessidade para comprar enquanto
- 10,81% estão pedindo exclusivamente pela internet;
- uma minoria de 1,61% sai para comprar normalmente.
Home Office
- 59,9% está em Home Office e 40,1% não.
- Com isso, 41,6% está usando novas ferramentas de produtividade para chamadas de videoconferência e outras ferramentas de geração de conteúdo online.
- 48,3% dos entrevistados não mudou uso de ferramentas e continuam como antes.
Novos formatos e soluções
- Para 74,20% dos brasileiros, nem delivery, nem take away (retira no local), nem download de produtos digitais: nada disso atende ao negócio atual.
- 76,12% diz que o número de encomendas e clientes diminuiu por causa do coronavírus.
- 18,91% dos entrevistados afirmam que nada mudou.
- Apenas 4,37% viu aumento na demanda.
- Enquanto isso, apenas 5% dos entrevistados criou produto para vender nessa época, como cursos online, novos produtos, assistência digital, atendimento online, delivery com frete grátis, loja virtual etc. 95% não criaram nada novo para essa fase.
- 74% não acham que criar voucher e vender produtos ou serviços por antecipação com desconto fazem sentido. 26% estão apostando nos vouchers antecipados para segurar o orçamento e a clientela.
Sobrevivência
Apenas 15,34% dos brasileiros acredita que segura o negócio sem faturamento por três meses. 18,35 seguram por 1 mês enquanto 26,72% não tem previsão de quanto sobrevivem,e ainda 14,27% quebram em menos de um mês sem faturamento.
Grandes empresas?
O brasileiro acredita que as empresas têm importante papel no comportamento e na dinâmica atual e esperam delas atitudes.
- 97,46% gosta de vê-las cancelando eventos e adiando lançamentos;
- 95, 51% valoriza quando elas pedem para comprar menos ou de forma consciente, sem exageros.
- 94.64% gostaria que elas adiassem boletos e eliminassem a cobrança de juros;
- 93,21% querem as empresas usando suas redes sociais para passar notícias importantes e pertinentes ao momento;
- 92,73% pedir para as pessoas ficarem em casa;
- 82,30% valorizam as que mudam suas linhas de produção para fabricar mais álcool gel e similares;
- e 77,72% querem vê-las disponibilizando suas instalações para atendimento médico.