Governo estuda medidas para aquecer vendas no Natal

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O governo já estuda formas de facilitar o crédito ao consumidor para tentar aquecer a demanda.O formato, porém, será cauteloso, distante das medidas adotadas há sete anos para combater a crise internacional e muito longe do que defende o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Duas premissas estão norteando este planejamento: as medidas devem ser tomadas sem comprometer a política fiscal e o impacto na inflação tem de ser o menor possível.

A estratégia deve ser adotada ainda este ano, aproveitando a proximidade do Natal. Instituições do comércio e consultorias já projetam as vendas de fim de ano como muito fracas, diante do atual cenário.

Apesar da consequência imediata nas vendas do comércio, o impacto na economia deve levar um tempo maior, de cerca de dois trimestres. Mesmo assim, a expectativa da presidente Dilma Rousseff é que essa mudança contribua para renovar o ânimo de empresários e dos consumidores logo no início de 2016.

Os estudos que circulam no governo indicam que caberá ao Banco Central afrouxar regras de provisionamento para calote com o objetivo de fazer com que os bancos liberem crédito a linhas específicas ao consumidor.

Para restringir ou incentivar esses empréstimos, o BC atenua exigências de reservas do capital próprio que os bancos precisam manter em caixa para emprestar. Combinado a isso, também se espera a liberação de parte do dinheiro que os bancos são obrigados a deixar no BC, os chamados depósitos compulsórios.

No entanto, a autorização seria condicionada ao desembolso em empréstimos para o consumo. Ou seja, o uso do dinheiro seria “carimbado”. Não se trata de voltar a usar os bancos públicos para conceder empréstimos com taxas subsidiadas, prática recorrente do governo petista que fez com que se agravasse o rombo das contas públicas.  O desmonte das medidas que restringem o crédito não comprometeria, em tese, o esforço do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de buscar o equilíbrio das contas públicas.

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