Consumo sustentará o crescimento da economia em 2018

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O consumo das famílias foi o destaque da revisão das projeções de crescimento econômico de 2018 do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), divulgada nesta segunda-feira, 11/12. O instituto elevou a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) do próximo ano de 2,5% para 2,8%.

A principal revisão foi feita na projeção para o consumo das famílias. Antes da revisão, o Ibre/FGV trabalhava com 3,3% de alta em 2018 e, agora, espera que esse componente da demanda avance 3,9%. A geração de empregos e a recuperação do crédito para as famílias avançarão, substituindo o efeito da desinflação sobre a renda como principal mola do consumo, Silvia Matos, economista do instituto.

A equipe da entidade projeta saldo positivo de 800 mil vagas de emprego formais no Caged, do Ministério do Trabalho, no próximo ano. “Em 2018, a economia será tocada pelo consumo”, afirmou Silvia, após apresentar os dados em palestra durante seminário de conjuntura econômica, promovido pelo Ibre/FGV, no Rio.

Além disso, segundo a economista, os dados de 2018 melhoraram por causa da trajetória de duas altas de 1,2% no consumo das famílias, no segundo e no terceiro trimestres, sempre sobre os períodos imediatamente anteriores. Isso terá um efeito de carregamento estatístico positivo para o próximo ano.

O cenário para 2018 traçado por Silvia inclui uma preocupação com a questão energética. Por causa dos baixos níveis das hidrelétricas, o crescimento da demanda no próximo ano tenderá a elevar preços de energia elétrica.

Nesse quadro, com a demanda ainda reprimida, o Ibre/FGV projeta que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) baixará a taxa básica de juros (Selic, hoje em 7,0% ao ano) para 6,75%, mas com perspectiva de elevação ainda em 2018, para 7,25%. A dúvida, segundo Silvia, é se, diante de uma demanda um pouco mais aquecida, o ajuste na política monetária será feito ainda em 2018 ou no início de 2019.

O Ibre revisou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 de 0,9% para 1,0%. Segundo a pesquisadora, haverá ligeira melhora na taxa de desemprego, e o consumo das famílias seguirá crescendo em 2018. O processo eleitoral seguirá como fonte de incerteza. “A grande preocupação hoje é ver a recuperação do investimento”, afirmou Silvia.

Fonte Diário do Comércio
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