Brasileiros do Sul são os mais confiantes

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Em novembro, o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 99 pontos na região Sul do Brasil, 27 a mais do que o índice do País como um todo (72 pontos). O INC varia entre zero e 200 pontos, sendo o intervalo de zero a 100 o campo do pessimismo e, o de 100 a 200, o do otimismo. “Os 99 pontos do Sul já permitem colocar a região em campo neutro, rumo ao otimismo (acima dos 100 pontos). A região se destaca em diversos segmentos econômicos, principalmente no agropecuário e agroindustrial, o que influencia diretamente a confiança dos habitantes locais”, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Na comparação com outubro, a confiança do Sul avançou cinco pontos em novembro (de 94 para 99). A pesquisa foi feita pelo Instituto Ipsos entre os dias 1º e 14 de novembro em todas as regiões brasileiras.

Sobre o INC brasileiro de 72 pontos em novembro (estável em relação aos 73 de outubro), Burti comenta que os consumidores continuam cautelosos. “Porém, a situação tende a melhorar com o pagamento da segunda parcela do 13º salário. Pesquisas apontam que grande parte da população deseja usá-la para pagar dívidas. Dessa forma, penso que isso não é antagônico ao consumo; pelo contrário: ao quitar seus débitos, o consumidor se reabilita para novas compras”, avalia o presidente da ACSP.

Ele aguarda, para os próximos meses, pela continuidade da queda dos juros e da melhora dos índices de emprego, que contribuirão para a recuperação consistente da economia e a volta do otimismo. A primeira vez que o INC entrou no campo pessimista (abaixo de 100), desde que a pesquisa foi implantada (2005), deu-se em julho de 2015. Até agora, o indicador não conseguiu retornar ao campo otimista.

Por regiões e classes

O INC aponta uma queda de quatro pontos no Nordeste em novembro na comparação com o mês anterior (de 68 para 64). “A região tem como fator negativo uma das taxas mais altas de desemprego do País e não conta com o agronegócio”, diz Burti.

Em contrapartida, na passagem de outubro para novembro, a confiança do grupo de regiões Norte/Centro-Oeste cresceu três pontos (de 74 para 77). Já o Sudeste perdeu dois pontos nessa mesma base de comparação (de 68 para 66) ? oscilou dentro da margem de erro, que é de três pontos. A classe AB perdeu três pontos de outubro (70) para novembro (67). Já na classe DE e na C o INC ficou estável em 71 e 73 pontos, respectivamente.

Fonte Diário do Comércio
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