46% dos brasileiros aumentaram o volume de compras online durante a pandemia

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Uma pesquisa realizada pela Mastercard e Americas Market Intelligence (AMI) em 13 países da região da América Latina e do Caribe (Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Panamá, Peru, Porto Rico e Jamaica) mostra mudanças nos hábitos dos consumidores, aumento no uso de serviços financeiros e revela como as empresas terão que se adaptar a esse novo ecossistema digital gerado pela pandemia.

O estudo foi apresentado durante a nona edição do Fórum Anual de Inovação para América Latina e Caribe da Mastercard, evento anual da empresa para compartilhar a visão de líderes e especialistas da indústria de tecnologia e formas de pagamento.

O relatório revela que a pandemia e o distanciamento social estimularam a inclusão digital e financeira na América Latina e no Caribe e a tornaram uma prioridade. De acordo com os dados, mais de 40 milhões de pessoas foram bancarizadas nos últimos meses e, até o final do ano, a AMI estima que 50 milhões de usuários terão comprado online pela primeira vez.

O auge do e-commerce em meio à pandemia

A pesquisa mostra como o e-commerce se tornou a forma mais relevante de comprar e os bancos online, a maneira mais fácil de manusear dinheiro, substituindo o dinheiro vivo, que é considerado “sujo”. Os resultados revelam que o distanciamento social impulsionou o e-commerce: 46% dos brasileiros aumentaram o volume de compras online durante a pandemia enquanto 7% compraram online pela primeira vez.

Para compras online (em sites ou aplicativos), cartões de débito, crédito e boletos aparecem como o método de pagamento preferencial dos consumidores brasileiros. Além disso, 25% dos entrevistados mudaram seu método de pagamento usado com mais frequência no e-commerce depois da pandemia.

“O Brasil, assim como o restante da América Latina, está em um ponto de virada para a digitalização da economia e do varejo, no qual opções de pagamento seguras e convenientes se tornaram uma prioridade”, afirmou Ana Paula Lapa, vice-presidente de Produtos & Inovação da Mastercard Brasil. “A Mastercard é uma aliada estratégica na digitalização e transição para pagamentos por aproximação e temos o orgulho de contribuir para sua adoção, oferecendo serviços de ponta que se adaptam às novas realidades do consumidor”, finaliza.

Diminuição de pagamentos em dinheiro

Em relação ao uso de dinheiro, houve uma queda acentuada em cada mercado devido ao aumento do e-commerce, à disponibilidade de alternativas como uso de cartão e pagamentos por aproximação. O estudo revela que no Brasil, 57% dos consumidores estão usando menos dinheiro por conta da COVID-19 sendo que 38% reduziram seu uso em pelo menos 20%.

Um outro estudo da Americas intelligence divulgado em outubro revelou que o número de brasileiros desbancarizados, ou seja, que não possuem conta em bancos e fintechs, diminuiu 73% nos últimos cinco meses. Esse aumento se dá, principalmente, pela necessidade dos brasileiros em utilizarem serviços online para realizarem suas transações, por conta do distanciamento social.

Os novos hábitos de compra levaram ao aumento do uso de pagamentos por aproximação. Nossa pesquisa revelou um aumento tangível no Brasil, com 11% dos consumidores tendo pedido um cartão com tecnologia NFC aos seus provedores de serviços financeiros pela primeira vez; 18% passando a utilizar a funcionalidade pela primeira vez durante a pandemia e 35% afirmando terem aumentado o uso dos pagamentos por aproximação neste período. Isso indica que as preocupações com a limpeza do ponto de venda somadas a existência de opções de pagamentos sem toque deram início a novos hábitos de pagamento no país.

Esse movimento é visível também pelo aumento de transações por aproximação realizadas com cartões Mastercard. Dados internos indicam que o número de pagamentos por aproximação realizados no Brasil mais do que dobrou entre janeiro e setembro deste ano, somando mais de 31 milhões apenas em setembro.

Utilização de serviços financeiros

A digitalização também teve um impacto importante em como as pessoas utilizam seus serviços financeiros. Antes da pandemia, 44% dos respondentes brasileiros afirmaram que recorriam aos caixas eletrônicos para acessarem suas contas ou realizarem transações. Após a pandemia, esse número caiu para 27%. A redução foi ainda maior entre consumidores que iam até agências bancárias para realizar suas transações, passando de 27% antes da pandemia para apenas 10% atualmente.

O movimento oposto foi notado nos canais digitais. Antes da pandemia, 31% afirmaram utilizar online banking, enquanto agora 40% passaram a usar este canal. O uso de aplicativos também subiu, passando de 60% antes para 67% no pós-pandemia. Além disso, hoje, 70% dos entrevistados afirmam usar os canais digitais para todas ou para a maioria das transações.

Os consumidores também mostraram um forte desejo de cortar despesas, evitar dívidas, administrar suas finanças de forma conservadora, além de desenvolver uma mentalidade de longo prazo em relação às suas finanças. Cerca de 45% dos entrevistados planejam economizar dinheiro com mais frequência após a pandemia e outros 27% passarão a pagar contas virtualmente.

 

 

 

 

 

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