Todo mundo deveria trabalhar em casa, defende estudo de Stanford

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Muitos profissionais sonham em trabalhar em casa, desejando uma rotina de trabalho mais tranquila. Mas o home office (ou teletrabalho) também é uma aposta de empresas preocupadas com a qualidade de vida dos funcionários. De acordo com o professor de economia da Universidade de Stanford Nicholas Bloom, trabalhar em casa deveria ser o modelo padrão.

O docente realizou um teste controlado para analisar os efeitos do trabalho remoto, com funcionários da agência de viagens chinesa Ctrip, e descobriu que aqueles que trabalhavam em casa aumentaram a produtividade em 13%, se mostraram mais satisfeitos, faziam menos pausas e ficavam menos doentes, além de custarem a metade do que os funcionários em escritório para a empresa.

Bloom defende que quem trabalha em casa consegue se concentrar melhor e que é uma relação de ganho mútuo para os funcionários e organização. Além disso, ter mais pessoas trabalhando de casa traz impactos sociais positivos, como menos trânsito e poluição, garante o professor.

E o home office já uma tendência nas empresas brasileiras. De acordo com a última pesquisa da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades, 45% das empresas participantes possuem colaboradores que trabalham em casa e 15% estão avaliando a implantação do modelo. O Global Evolving Workforce traz ainda outro dado significativo: 54% dos brasileiros se consideram mais produtivos ao trabalhar em casa.

O lado negativo de trabalhar em casa

Bloom acredita não haver lado negativo quando se fala em trabalhar em casa. Mas vale lembrar que você estará sozinho e isso pode levar a um sentimento de solidão que pode se desenvolver até em depressão e doenças do coração. Um estudo do banco britânico Aldermore descobriu que 39% daqueles que trabalham em casa se sentiam solitários e 17% sentiam que não tinham controle da própria vida. Contudo, 93% amavam ser o próprio chefe.

Palestrante de psicológica da Universidade Bolton, Rebecca Nowland afirma que quando se trabalha em casa, é preciso fazer com que a socialização seja uma prioridade. Ela recomenda marcar encontros frequentes para tomar um café e conversar sobre a vida. Coach de empresários, Melyssa Griffin compartilha cinco dicas para combater a solidão.

#1 Crie um pouco de barulho

Você não precisa trabalhar em total silêncio. Deixe a televisão ligada em volume baixo ou coloque uma música de fundo.

#2 Marque encontros semanais com outras pessoas que trabalham em casa

As saídas podem te ajudar a se conectar com pessoas que entendem o que você está passando.

#3 Use as redes sociais

Como o próprio nome diz, as redes querem que você seja social. Então compartilhe pequenas conquistas, vídeos e fotos engraçados. Não esqueça de responder quem te segue.

#4 Trabalhe fora de casa

Sim, a ideia é trabalhar em casa, mas uma vez por semana você pode escolher um lugar novo para realizar seu trabalho como um café ou um espaço de coworking.

#5 Faça uma pausa

Uma hora você vai ficar cansado de ficar em casa tanto tempo. Dê uma volta pela cidade, nem que seja para passear com o cachorro.

Fonte exame.com
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1 comentário
  1. Rogerio diz

    Se o pesquisador não pesou prós e contras, suas conclusões são falsas. Estudo desqualificado do ponto de vista científico, trata-se apenas de uma opinião. A reportagem foi mais honesta com a opinião pública e ainda procurou um psicólogo para dizer os pontos negativos. Mas tem muitos mais especialistas contra esta ideia de cada um por si em sua célula.

    Para começar: acidentes de trabalho seriam acidentes domésticos? Doenças profissionais? Quem vai dar um toque pro cara logo no começo que ele está indo pelo lugar errado? Como fiscalizar responsabilidades sociais (ele pode usar mão de obra infantil em sua casa, por exemplo, ou a empresa para qual ele trabalha pode estar humilhando um colega seu e ele nem sabe que será o próximo)? Tem muita implicação negativa que não foi abordada.

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