Número de empresas que adotam horários flexíveis cresce 192% em dois anos

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A folha de ponto, que já foi substituída pelo ponto eletrônico em algumas empresas, agora parece entrar em trajetória descendente. Ao menos é o que mostra a Pesquisa de Benefícios Aon 2018-2019, que investigou o atual comportamento das empresas quando o assunto é a oferta de benefícios aos funcionários. Segundo os dados do estudo, entre 2017 e 2019 subiu em 192%, de 13% para 38%, a quantidade de companhias que adotam horários flexíveis.

“Não é apenas o horário flexível que é uma tendência, mas a flexibilização no geral. Com as possibilidades trazidas pela tecnologia e a presença de novas gerações no mercado de trabalho, as empresas estão flexibilizando diversos benefícios, como as licenças maternidade e paternidade, o home office, e até a vestimenta no escritório”, explica Paulo Jorge Cardoso, vice-presidente de saúde e benefícios da Aon. O executivo aponta que 37% das empresas já adotam dress codes mais casuais e que hoje é possível encontrar em um mesmo espaço de trabalho cinco gerações diferentes, o que requer muitas mudanças e adaptações na carteira de benefícios.

A oferta de uma licença maternidade estendida também cresceu de forma significativa, saltando de 12% para 29%, valendo destacar que entre as empresas que oferecem um recesso maior do que 120 dias, 91% disponibilizam 6 meses completos. No caso dos homens, essa flexibilização também começa a se fazer presente, segundo a pesquisa 21% das organizações já oferecem licenças paternidades mais longas do que os 5 dias previstos na constituição. Destas, 83% garantem um total de 20 dias de afastamento.

De forma mais discreta cresceu também o número de organizações que oferecem o home office como alternativa para seus funcionários. Em 2017, 17% das empresas entrevistadas tinham a modalidade como opção. Este ano foram 21%.

Um destaque negativo é o do número de companhias que oferecem o chamado “benefício flexível”, que nada mais é do que um pacote de benefícios personalizado, que varia de acordo com o momento de vida do colaborador. Tanto em 2017 quanto em 2019 apenas 3% das organizações pesquisadas tinham esta proposta.

Uma estagnação que, segundo Paulo Jorge, pode ter ligação com o investimento necessário para essa adaptação. De fato, segundo a pesquisa, entre as empresas que não ofereciam o benefícios, 47% dizem não fazê-lo por causa da complexidade operacional de adotar estes pacotes.

Em sua 12ª edição, o levantamento contou com 640 empresas participantes, somando mais de 2,3 milhões de colaboradores analisados e examinado mais de 50 tipos de incentivos.

Fonte Época Negócios
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