Natal deve abrir 72,7 mil vagas temporárias no varejo

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o Natal deste ano deverá registrar queda, tanto nas vendas quanto na abertura de vagas temporárias. A Confederação estima a contratação de 72,7 mil trabalhadores temporários, o que representa recuo de 1,7% em relação aos 73,9 mil postos criados no ano passado. De acordo com a CNC, a desaceleração da economia diante do cenário de incertezas do segundo semestre deverá levar as vendas do varejo a crescer menos no Natal de 2018 (+2,3%) do que no de 2017 (+3,9%), resultando em uma movimentação de R$ 34,4 bilhões.
A temporada de oferta de vagas no setor deve ocorrer entre setembro e dezembro – um “efeito de adiamento” em relação aos anos anteriores. “Antes da crise, mais de 20% das vagas eram preenchidas até outubro. Nos três últimos anos, esse percentual não passou dos 15%”, afirma Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC.

Os maiores volumes de contratação deverão se concentrar no segmento de vestuário (47,9 mil vagas) e no de hiper e supermercados (11,5 mil vagas). Além de serem os “grandes empregadores” do varejo – juntos eles representam 42% da força de trabalho do setor –, esses segmentos costumam responder, em média, por 60% das vendas natalinas.

Salários

O salário de admissão deverá alcançar R$ 1.230, avançando, portanto, 3,9% em termos nominais na comparação com o mesmo período do ano passado. O maior salário de admissão deverá ocorrer no ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.500), seguido pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.431). No entanto, esses segmentos deverão ofertar apenas 1,5% das vagas totais a serem criadas no varejo.

Efetivação dos temporários

Diante da lentidão no processo de retomada econômica e das incertezas em relação às condições de consumo no início de 2019, a taxa de absorção dos trabalhadores temporários deverá voltar a recuar em relação ao percentual percebido após o natal de 2017, quando 23,1% dos contratados em regime temporário foram efetivados nos meses seguintes ao Natal.

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