Por Diogo Arrais, professor de português
É muito comum, no dia a dia da Língua Portuguesa, perceber a confusão gráfica entre “se” e “si”.
O termo “se” é, na maioria das vezes, conjunção ou pronome:
- “Se não ocorrer engarrafamento, irei a Brasília hoje.”
(veja acima a ideia da hipótese)
- “Após a sessão, os deputados abraçaram-se.”
(veja acima a ideia de reciprocidade)
Vale lembrar que essa reciprocidade remete a uma ação mútua, como:
- “Sousa e Silva acusavam-se sempre.”
- “Viram como eles se cumprimentavam?”
Já o termo “si” é um dos pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, si). Esses tônicos são sempre precedidos por preposição.
- “Santana costumava falar bem de si mesmo.”
- “Cada um por si, e Deus para todos.”
Além disso, é preciso estar alerta e jamais usar “si” por “você, como no exemplo abaixo:
- “Não tenho nada contra si, Helena!” (forma inadequada)
- “Não tenho nada contra você, Helena!” (forma correta)
- Por fim, lembre-se da regra: “si” é precedido por preposição.
- “Exigia demasiadamente de si mesmo.”
- “Vi um grupo de jovens discutindo entre si.”