Empresas e profissionais precisam se reinventar

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Pesquisa realizada pela consultoria Signium com CEOs de empresas de médio e grande porte revela que esses profissionais acreditam na capacidade de recuperação da economia local. Acostumados a desafios e metas ousadas, eles acompanham de perto a instabilidade histórica do Brasil, o movimento global e as inovações tanto das áreas tecnológicas quanto das relações humanas.

Para traçar o cenário, a Signium ouviu 41 presidentes de empresas com sede em seis estados; 32% delas faturam acima de R$ 1 bilhão por ano, com atuação em diferentes segmentos – serviços, indústria de transformação, agronegócios e bens de consumo.
“O estudo, de certa forma, veio validar nossa percepção”, explica Marcelo Apovian, managing partner da Signium Brasil e membro do Board Global. “Nossa proximidade com os líderes de médios e grandes negócios permite uma leitura muito precisa do que está impactando as decisões e, consequentemente, os resultados do negócio”.

O futuro do trabalho

Ponto predominante entre os presidentes ouvidos pela consultoria é a instabilidade histórica do ambiente de negócios no Brasil. Além disso, há uma preocupação com a influência rápida e crescente do digital nos negócios tradicionais. Praticamente todos reconhecem que é um processo irreversível; o que muda é a velocidade de reação.

Dos 41 presidentes entrevistados, 24 disseram estar convencidos de que precisam reinventar o modo como trabalham; 11 deles confessam se sentir ameaçados pelos novos rumos. Outros 5 vislumbram a possibilidade de robôs, drones ou softwares assumirem boa parcela das atividades operacionais, o que causaria a demissão de milhares de trabalhadores em alguns nichos. A boa notícia é que a maior parte está atenta às inovações e já trabalhando na revisão de estratégias e busca de soluções.

Formas de contratação

Mesmo com a recente reforma trabalhista feita pelo Governo, os executivos ainda preferem, em sua maioria (85%), contratar por meio do modelo americano, com menos regras e encargos. Somente 14% responderam que optam pela nova CLT. No universo pesquisado, aderência à cultura da empresa e capacidade de entregar resultado são aspectos mais pontuados na escolha dos profissionais por parte de cerca de 90% dos presidentes ouvidos.

A pesquisa também demonstrou que 80% dos entrevistados confiam nas consultorias de executive search para contratar novos talentos e posições estratégicas. “Aderência à cultura da empresa e capacidade de entregar valor são aspectos cruciais na escolha dos profissionais por parte de cerca de 90% dos presidentes entrevistados para o estudo”, observa Marcelo Apovian.

O que tira o sono dos presidentes

O país ainda atravessa a ponte para a retomada de crescimento e isso traz incertezas para empresários de qualquer porte e setor. É sentimento comum que as empresas precisam seguir a vida, pautar decisões com fundamento de mercado e promover o alinhamento de suas atividades e gestão, sem ficarem paralisadas frente às oscilações do país. A preocupação, portanto, existe para todos.

Muitos afirmam que a sua principal angústia, o que rouba o sono, é a instabilidade histórica do Brasil na política e na economia, o que acaba por dificultar a sobrevivência dos negócios. Outras fontes de ansiedade são a concorrência, a solidão na tomada de decisões e a transformação imposta pelo ambiente digital.

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