CEOs que cultivam diversidade no networking geram mais valor para as empresas

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Um novo estudo mostra que diversidade é também importante no networking. CEOs que cultivam laços com profissionais de diferentes experiências e ambientes geram maior valor às suas empresas. Pesquisadores das escolas de negócios do Illinois Institute of Technology, do Rensselaer Polytechnic Institute e da Fordham University apontaram que um networking diverso ajuda o CEO a promover políticas mais inovadoras, melhorar a performance financeira e até influencia na área de fusões e aquisições.

O estudo foi realizado com 1.212 executivos, que foram CEOs de empresas dos Estados Unidos entre 2000 e 2010. Os pesquisadores utilizaram dados do Center for Corporate Performance. “Nossos resultados mostram que a diversidade do networking de um CEO é um componente crucial na qualidade da gestão que ele pratica. Ao se conectar com grupos mais diversos de indivíduos, esse executivo terá mais sucesso em realizar iniciativas inovadoras e buscar oportunidades para além de sua zona tradicional de atuação”, diz o estudo publicado no Journal of Corporate Finance.

Os pesquisadores analisaram as redes profissionais dos executivos sob aspectos como gênero, nacionalidade e formação acadêmica. Mediram, por exemplo, quanto tempo um profissional manteve contato com um ex-colega de faculdade, bem como se ele cria relacionamentos a partir de situações sociais, como frequentar clubes de esporte ou eventos de caridade. Também cruzaram os dados com indicadores da empresa, como tamanho, lucro, financiamento, investimento e governança corporativa.

As empresas foram separadas entre aquelas com CEOs que fomentam redes heterogêneas e aqueles que cultivam redes homogêneas. Considerando a amostra realizada, os resultados apontam que CEOs que tem conexões diversas adicionaram, em média, US$ 81 milhões ao valor da empresa.

Segundo os pesquisadores, CEOs com redes heterogêneas têm acesso a novos tipos de conhecimentos, o que os ajuda a comandar mais inovações. Os pesquisadores encontraram evidências de que esses CEOs comandam empresas que tendem a ter patentes com maior qualificação – uma métrica medida principalmente pelo número de tecnologias que a patente deu origem.

Apesar dos resultados parecem óbvios, os pesquisadores defenderam que o estudo agora traz evidências científicas de que diversidade no ambiente social de um CEO também influencia a empresa. “O aumento da diversidade no ambiente de trabalho está no centro do debate corporativo atualmente. Alguns afirmam que as empresas são pressionadas a contratar minorias por razões éticas e não lucrativas, enquanto outras argumentam que as empresas devem se esforçar para ter funcionários talentosos com uma variedade de experiências, conhecimentos e experiências culturais, ajudando empresas a obter sucesso em um mercado global. Nosso estudo oferece mais evidências acadêmicas de que a diversidade e a heterogeneidade são, de fato, ativos tangíveis e que aumentam os lucros”, disseram os autores. em artigo publicado na Harvard Business Review.

Fonte Época Negócios
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