5 lições de Michael Phelps que podem te ajudar a ser bem sucedido

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A Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016 consagrou a carreira bem-sucedida do nadador americano Michael Phelps. Ao longo dos mais de 20 anos em que se dedicou às piscinas, conquistou nada mais nada menos do que 28 medalhas (23 ouros, três pratas e dois bronzes) e 37 recordes mundiais. Nada mal, não?

Aquele menino, que aos 11 anos, nadava para liberar energia, se tornou um mito não apenas do esporte, mas da humanidade. O sucesso não veio, porém, de graça. “Treinei 365 dias por ano para a Olimpíada. A maioria das pessoas não faz isso. Mas são essas coisas que nos fazem ter sucesso”, contou o nadador em evento da XP Investimentos neste sábado.

Veja agora as lições que Phelps e seu treinador, Bob Bowman, para ter sucesso na carreira e na vida:

1) Não pare de estudar, aprender, treinar e evoluir

Michael Phelps se orgulha em dizer que, por seis anos seguidos, treinou praticamente todos os dias – sim, 365 dias no ano. Parece absurdo para nós, reles mortais, mas para quem quer vencer uma Olimpíada e bater recordes (leia-se: fazer coisas que outros seres humanos nunca fizeram), a dedicação é prioridade número 1.

“Quem acorda todos os dias super motivado para ir trabalhar? Eu também tive momentos em que não queria sair da cama, mas esses eram os dias mais importantes porque eu consegui aumentar a minha performance em 30%, em comparação com o que teria feito se não tivesse ido treinar. Treinamos 365 dias. A maioria das pessoas não faz isso. São essas coisas que nos fazem ter sucesso”, conta.

“Até 2004 foram seis anos de treinamento todos os dias. Na natação, quando você tira uma folga de um dia, leva outros dois para chegar no ponto em que estava. E isso faz você dar passos para trás. E começamos a ir para a frente. À medida que avançávamos, percebíamos que o trabalho estava sendo recompensado”, conta Bob Bowman, treinador por 20 anos de Phelps.

“Eu buscava essa oportunidade de fazer algo que ninguém ainda tinha tentado. Tínhamos que fazer diferente. Fomos construindo o melhor processo para que tivéssemos as melhores chances”, completa o nadador. Portanto, sem preguiça, minha gente!

2) Tenha ajuda de profissionais 

Por toda a sua carreira, Michael Phelps contou com o apoio e a instrução técnica/profissional de Bob Bowman, ex-treinador da seleção americana de natação e responsável por colocá-lo no pódio. Se não fosse a orientação, a motivação e também os puxões de orelha de Bowman, o nadador poderia não ter desenvolvido todo o seu potencial.

Bowman chegou a escrever um livro com base em sua experiência: “As regras de ouro – Dez segredos para se tornar um campeão na vida e nos negócios”, Editora Benvirá.

3) Trace metas

Desde o início de sua trajetória nas piscinas, Bob Bowman ensinou Phelps a traçar metas, algo que lhe dava uma razão para ir treinar. “Quando ele tinha apenas 11 anos, pedi a ele que escrevesse em um pedaço de papel, no topo da página, qual era a meta, o sonho, da vida dele com a natação. E ele escreveu que queria ganhar uma medalha de ouro em uma Olimpíada. Logo rabiscou e escreveu no lugar que queria competir em uma Olimpíada porque achou a primeira ambiciosa demais”, conta seu treinador.

“Para mim, metas são muito importantes. Eu as escrevia em uma pedaço de papel e olhava para elas todos os dias. Era isso que me motivava todos os dias a sair da cama. Até hoje ainda escrevo minhas metas, mesmo que eu não precise tanto delas”, conta Phelps.

4) Preparação para as adversidades

Assim como em finanças sempre ouvimos falar que devemos nos preparar para as surpresas mantendo uma grana separada para emergências, no esporte e na carreira, se preparar para quando algo dá errado é essencial para não perder o foco, o rumo e até tudo que se conquistou até ali.

Phelps conta uma história muito emblemática sobre como treinou tanto para situações adversas que, mesmo quando “ficou cego” em uma das competições mais importantes de sua vida, bateu recorde.

“Em 2008, na Olimpíada de Pequim, ao saltar na piscina, meu óculos se encheram de água nos primeiros 25 metros da prova de 200 metros modalidade borboleta. Eu ainda tinha 175 metros pela frente e eu posso dizer que lembro de cada braçada que dei, o esforço que fiz, mesmo não enxergando nada. Eu só consegui terminar a prova porque treinei muito para situações como essa e, por isso, consegui me manter calmo e focar no que eu precisava fazer”, diz.

Naquele dia, o nadador não só venceu a prova de 200 metros borboleta, como fez a prova em 1min52s03, recorde mundial, seis centésimos mais rápido do que a marca anterior, do próprio Phelps.

“Para participar da Olimpíada, você precisa se preparar para um ambiente anormal e imprevisível. Nadar em um ambiente que não está acostumado, com câmaras e jornalistas te acompanhando o tempo todo. Precisa se preparar para caso algo dê errado”, comenta Bowman.

5) Saiba o momento certo de parar ou desistir

Não é porque a cartilha diz que é o momento de largar as chuteiras ou desistir de um desejo, que você deve fazer sucumbir. Phelps chegou a anunciar sua aposentadoria em 2012, após sua participação na Olimpíada de Londres, mas voltou atrás e continuou nadando até 2016.

Bowman, seu treinador, foi um dos grandes incentivadores do retorno do atleta às piscinas. “Ele teve ótimos resultados em 2012 e eu achava que ele ainda não estava preparado para largar. Mas era importante para mim que ele se sentisse bem com o retorno”, disse no evento. Em Londres, após conquistar seis medalhas, sendo quatro ouros, se tornou o recordista em medalhas na história das Olimpíadas – naquele momento, tinha 22 no total.

Mas não foi fácil. “Eu não sabia o que queria mais, porque já tinha realizado tudo. Voltar para a água foi um dos maiores desafios. Eu sentia que precisava de um tempo das piscinas, mas eu tinha medo de, dali 20 anos, olhar para trás e pensar que eu poderia ter dado mais uma chance. Essa última escalada foi um dos momentos mais difíceis da minha vida, mas estava me divertindo”, diz.

“Consegui terminar do jeito que queria minha carreira como nadador no Rio (a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, foi sua última). Fico muito feliz por ter me dado mais essa oportunidade. Tenho boas lembranças”, finaliza.

Portanto, cada um sabe o momento que “deu”, que chegou no seu limite ou que não vê mais sentido no que faz, ou ainda se dá para insistir um pouco mais. Autoconhecimento — seja na carreira ou nas finanças — é algo muito importante.

Fonte O Globo
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