Empresas usam dados e mídias sociais para contratação de funcionários

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Big Data é o armazenamento, análise e a interpretação de enormes volumes de dados de grande variedade, sejam estruturados ou não estruturados. No marketing e nas vendas é usado para reunir e analisar dados de clientes e prospects, e essa é também a regra quando se trata de selecionar candidatos a vagas de emprego: “Com Big Data já se armazena e analisa dados de empregados atuais e potenciais da empresa”, destaca Bruno Vieira Zago, diretor da Cedro Technologies.

Segundo ele, o objetivo, na maioria dos casos, é otimizar os processos de recrutamento e seleção e ainda otimizar os investimentos que a companhia tem com seus funcionários para saber, por exemplo, se o investimento feito está valendo a pena. “Essas e muitas outras perguntas podem ser respondidas com a tecnologia. As respostas podem ser utilizadas para aprimorar diversos processos na gestão dos talentos humanos. Acontece muita coisa ao mesmo tempo, precisamos armazenar tudo e depois com tempo vamos analisando”, enfatiza Zago.

Ele explica que muitas empresas que procuram por novos colaboradores podem cruzar os dados fornecidos pelos candidatos com os dos sites de empregos, além de mídias sociais como Facebook, Instagram e LinkedIn. “Tudo isso possibilita encontrar pessoas com as qualificações pretendidas, em rápido espaço de tempo e gerando uma forte economia”, exemplifica.

Uma das tarefas mais difíceis do RH talvez seja aumentar a retenção dos funcionários. As empresas com taxas de rotatividade altas acabam gastando um dinheiro precioso em colaboradores que não ficam muito tempo no quadro, desperdiçando recursos. “Com o Big Data, os profissionais de RH podem obter uma imagem mais precisa dos funcionários que estão deixando a empresa, dos motivos e se há algum padrão entre eles. Ao mesmo tempo, é possível identificar padrões entre as pessoas que optam por ficar na organização e chegar a um modelo que exalte esses pontos e possa corrigir as dificuldades em comum do primeiro grupo. Isso já é uma realidade”, afirma Zago.

Por meio de um Big Data bem implantado na área de RH, na prática, é possível descobrir se as pessoas têm experiência de trabalho relevante ou se são ou não mais inclinadas a ficar na empresa no longo prazo. Ou mesmo, se a duração das experiências anteriores impacta no desempenho do empregado na atual função. “A tecnologia pode ajudar ainda na avaliação de desempenho, com mais precisão, determinando, por exemplo, em quais períodos do dia a empresa produz mais. Ainda é possível usá-la para identificar os funcionários com melhor desempenho, inclusive atribuindo outros fatores na avaliação. Por exemplo: em um banco o Big Data pode ser usado para verificar quem atende mais clientes, como também quem presta um serviço de melhor qualidade, evitando desgastes com clientes”, enfatiza Zago.

Não apenas o Big Data, mas o Analytics, Inteligência Artificial, a Transformação Digital, o Agile e até Blockchain. Há uma nova geração de tecnologias, processos e metodologias surgindo no setor de RH, com aplicativos sendo desenvolvidos que completam a transformação digital. “Uma delas é a utilização de chatbots para ajudar na automação do setor. Com o uso de chatbots, o time de RH ganha tempo fazer interação humanizada e personalizada em situações mais necessárias, ao passo que questões mais simples são respondidas pelo robô. Dentre as vantagens que o atendimento automatizado do RH pode garantir, estão redução de custos, auxiliar os colaboradores em questões do dia-a-dia da organização e mais tempo livre para a equipe se dedicar a tarefas estratégicas. Além disso, gera alto nível de satisfação e atendimento em tempo integral. São novidades que vieram pra ficar”, finaliza Zago.

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