Dólar caro cria oportunidade para mercado interno

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Com a retirada do grau de investimento do Brasil pela Standard & Poor’s, na noite da última terça-feira (09/09), já era esperado que o dólar começasse o dia com valorização. Por volta das 9h desta terça (10/09), a cotação da moeda americana chegou a superar os R$ 3,90.

Não há dúvidas de que a valorização da moeda terá impacto direto na comercialização de certos produtos. Os eletrônicos serão os primeiros afetados. De acordo com Emílio Alfieri, economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), os preços do setor de alimentação podem subir, principalmente, as massas.

“Como boa parte do nosso trigo é importado e a nossa safra nacional quebrou no Rio Grande do Sul, esses alimentos serão muito impactados”, diz. “É natural que ao comprar pão, massa, e bolachas, o consumidor passe a optar por marcas de segunda linha.”

Alimentos importados, como bacalhau, vinhos e queijos sentirão ainda mais. “Cabe ao consumidor optar pela pescada, por exemplo, e por vinhos ou queijos nacionais.”

Alfieri aponta também o setor de vestuário, que mesmo com uma indústria nacional têxtil muito bem estruturada, ainda exporta muito. “Essa é uma boa para o cenário nacional, pois o Brasil tem know-how de sobra para produzir. Não tem sentido importarmos”, diz. “A indústria têxtil foi uma das pioneiras na década de 1930 a sair do processo de substituição de importações.”Material de construção é outro segmento apontado por Alfieri. Tomadas e ladrilhos, por exemplo, terão seus preços elevados, criando a oportunidade da indústria nacional retomar a produção interna.

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