Como melhorar o seu perfil no LinkedIn

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Pequenos detalhes podem fazer diferença, principalmente quando se está em busca de um emprego novo. O modo de descrição de um cargo, como apresenta resultados ou faz projeções de si mesmo no futuro, sem ser arrogante ou tímido demais. Esses e outros fatores são alguns dos primeiros pontos analisados pelos recrutadores ao olharem um perfil profissional no LinkedIn. Há várias formas de escrever um perfil que chame atenção, mas algumas regras são básicas. Só o fato de ter uma foto aumenta em nove vezes a chance dele ser visualizado por alguém. Incluir a instituição onde você estudou, por exemplo, pode aumentar em até 17 vezes a mensagem de recrutadores e ajudar que ex-colegas encontrem você com mais facilidade. Quer saber outras dicas? Conversamos com Lais Orrico, gerente de Soluções de Marketing do LinkedIn para a América Latina, para saber o que faz um perfil ser considerado bom na rede. Spoiler: não é necessariamente ter muita experiência na carreira.

Foto 
Uma foto no seu perfil pode aumentar em nove vezes a visualização dele dentro da rede, segundo pesquisa. Mas, atenção, não é necessariamente replicar a foto de perfil do Facebook ou do Whatsapp. Lembre-se que a ideia é chamar atenção para sua trajetória e conquistas profissionais (e não para uma festa que você participou com seus amigos). Executivos do Linkedin orientam publicar uma foto casual, que denota um aspecto de seriedade profissional – sem necessariamente ser formal, com trajes sociais.

Descrição do cargo 
É comum não atualizar com frequência o perfil por falta de tempo ou mesmo por não considerar que se trata de prioridade. Porém, manter o cargo atualizado aumenta em oito vezes a visualização de seu perfil. Marcar a indústria de atuação também pode ajudar a receber oportunidades de emprego, dicas de tendências, artigos e até convite para eventos. Segundo o LinkedIn, mais de 300 mil pessoas buscam por uma indústria específica na rede todos os dias. Para acrescentar essa informação, vá até a página de edição de seu perfil. Clique no “lápis de edição” no lado direito de sua foto. Abaixo do campo “Cidade”, haverá um chamado “Setor”, com opções múltiplas, que vão desde administração agrícola até vinhos e destilados. Adicionar a sua localização – São Paulo, Nova York ou China, por exemplo – aumenta em 23 vezes as chances de seu perfil ser encontrado em uma busca.

Freelancer ou autônomo – como descrever seu cargo
O conselho é indicar a profissão (Médico, Secretária, Analista Financeiro) no campo “cargo atual” e indicar no campo de experiências profissionais as empresas nas quais já trabalhou com freelancer ou prestou serviços como autônomo. “Colocar que está disponível para novos contatos não facilita na hora que o recrutador busca um profissional, pois ele não buscará alguém aberto a novos contatos, mas sim engenheiros, arquitetos, médicos”, diz Lais Orrico, gerente para as Soluções de Marketing do LinkedIn para a América Latina.

Como fazer um bom resumo – sem ser arrogante ou superficial 
Antes de tudo saiba que é para o resumo que os recrutadores olham em primeiro lugar. Segundo análise do Linkedin, os melhores resumos incluem observações objetivas sobre experiência profissional, habilidades que a pessoa considera importante em si mesma, o que a move na carreira (motivação) e interesses (para onde deseja seguir nos próximos anos). “O ideal é que você seja, acima de tudo, sincero e transparente na hora de descrever um bom resumo. Isso já tira um pouco do estigma de ser chato ou arrogante”, diz Lais Orrico. Outra dica é usar palavras-chave da profissão, resumir em poucos parágrafos (dois, preferencialmente) as principais conquistas que teve na carreira e apontar as suas habilidades mais fortes.

Projetos e resultados 
Uma das dúvidas que surgem na hora de detalhar o perfil é se é recomendado indicar métricas, valores e resultados pontuais de projetos realizados. Se o recrutador quiser saber, ele que pergunte depois, correto? Nem tanto. Antes de conversar com ele, é preciso que você seja chamado para a entrevista. A dica aqui é associar habilidades relatadas a resultados conquistados. Sem exaltar demais, nem de menos. Por exemplo: se você descreve que é bom no trabalho em equipe, descreva sucintamente um projeto de trabalho em conjunto e seus resultados para a empresa. “Apesar de não ser muito comum no Brasil falarmos de nossas conquistas profissionais, por acharmos que isso possa parecer prepotente ou arrogante, é recomendável falar dos resultados alcançados dentro da empresa, pois isso mostra como suas habilidades ajudaram nessas conquistas”, diz Lais Orrico. “Não é errado falar só sobre suas responsabilidades no cargo, mas chama atenção quando entramos em um perfil e vemos como essas responsabilidades geraram resultados efetivos”.

Competências
É este o campo do LinkedIn que destaca quais são seus pontos fortes e onde você se destaca pelas empresas ou locais nos quais trabalhou. A indicação é que você selecione cinco opções no mínimo dentre as que o LinkedIn oferece para que elas apareçam em seu perfil. As habilidades selecionadas, segundo Lais Orrico, podem mesclar competências técnicas (como programação, pacote de ferramentas do Office, marketing digital) ou gerais (como negociação e gestão). A partir daí, seus contatos poderão selecioná-las com um +, caso concordem que aquela é uma habilidade na qual você é forte. Eles também poderão sugerir outras competências, que deverão ser aceitas por você para figurarem no perfil. A dica aqui é só aceitar aquelas que realmente reflitam seu perfil profissional e o que você é capaz de realizar.

Recomendações 
É quando uma pessoa escreve uma descrição sobre você que aparece para todos que visualizarem seu perfil. Caso você não possua nenhuma, vale a pena, segundo Lais Orrico, pedir a um colega ou ex-chefe com quem tenha trabalhado. “As recomendação são importantes, pois elas endossam o que você descreveu nas suas experiências dentro do perfil”.

Um bom perfil depende de ter muita experiência profissional – sim ou não?
O LinkedIn costuma indicar perfis que considera bem construídos, com a indicação de “campeão”. Mas o que faz um bom perfil? Muita experiência, recomendações ou indicações? “Um perfil campeão é construído com as informações que você fornece nos diversos campos que existem”, diz Laís Orrico. “Claro que, quanto maior sua experiência, mais informações você terá para fornecer ao LinkedIn, mas o que importa é preencher os campos da forma mais transparente possível”. Para quem não tem tanta experiência, a dica é falar sobre projetos dos quais participou na faculdade, trabalhos voluntários, cursos extracurriculares ou de idiomas.

Idioma
Há algum tempo, o LinkedIn já oferece uma opção para “espelhar” seu perfil em outro idioma. Ou seja, é possível deixá-lo com um idioma principal, mas colocar a opção para ser visualizado em outros idiomas, como inglês, francês e espanhol aumenta suas chances. É preciso, para isso, que o usuário construa seu perfil no outro idioma. Mas isso não é obrigatório. “O perfil espelhado em outros idiomas é muito usado para quem trabalha em empresas multinacionais ou para quem está em busca de oportunidades em outros países”, diz Laís Orrico. A dica aqui é espelhar o seu perfil em outros idiomas somente se você tiver domínio deles, para não passar vergonha.

Alcance da página
Não existe uma fórmula para aumentar o engajamento e alcance de sua página no LinkedIn. Os perfis que acabam por se destacar e ganhar maior evidência, porém, são aqueles que interagem mais: seja publicando um artigo, compartilhando notícias, participando de grupos de discussão ou interagindo com páginas de empresas.

Escrever um artigo – qual o melhor tema? 
Segundo Laís Orrico, na hora de escrever um artigo, o indicado é escolher um tema com o qual você tenha familiaridade – e que se sinta confortável para escrever a respeito. Outra dica é aproveitar os assuntos que estão sendo debatidos no momento e mostrar seu ponto de vista, com argumentos que defensam sua tese.

Fonte Época Negócios
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