Exclusivo: sucessão desafia empresas familiares

0 103

No Brasil, cerca de 90% das empresas são formadas por grupos familiares, que abrangem 80%   dos negócios nacionais e geram mais de 60% dos empregos formais do País. Desse total, 40% são administrados pela segunda geração e apenas 5% chegam à sua quarta geração, de acordo com os dados fornecidos pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

Quanto  à terceira geração, apenas 12% dos negócios familiares atingem esse estágio e somente 1% deles ultrapassam a quinta geração, segundo pesquisa realizada pela consultoria PwC.  Esses dados revelam que a transição da gestão ou processo de sucessão familiar pode ser um grande sucesso ou um grande fracasso.

“A transição de uma geração para outra sempre foi uma questão  sensível nessas empresas. O mundo mudou desde que a geração atual assumiu o comando e o ritmo de mudança precisa se acelerar em respostas às tendências globais, como mudanças demográficas, urbanização e tecnologia”, afirma Carlos Mendonça, sócio da PwC  Brasil.

O levantamento da PwC  – que ouviu mais de 200 prováveis sucessores  dos negócios de famílias  – também constatou o nome da família não é mais suficiente para dar credibilidade ao novo líder.  Na verdade, muitos pensam que o fator hereditário, nesse caso, é um aspecto negativo.

A partir dessa constatação, 88% dos entrevistados   afirmaram  que trabalharam mais ainda para provar sua competência. Já 59% deles consideraram que ganhar mais respeito de seus colegas de trabalho  é o maior desafio que têm de enfrentar.

Assumir o cargo de CEO já não é mais automático para as próximas gerações. Segundo a pesquisa, 73% afirmaram sentir ansiedade diante de assumir o negócio de sua família, mas apenas 35% delas acharam que, definitivamente, terão de acabar  assumindo a gestão da empresa, e 29% acreditam que, muito provavelmente, virão a ser os próximos gestores da família.

Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.