Diante de consumidor retraído, setor põe produtos em oferta

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Os fabricantes de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos ampliaram o faturamento no ano passado em 11%, chegando a R$ 101,7 bilhões – uma expansão considerável diante de uma economia fraca. Mas este ritmo não está garantido em 2015, que começa com o consumidor mais retraído e as empresas colocando produtos em promoção.

“Há ofertas em todos os canais, em lojas físicas e em catálogos de venda direta. As empresas estão sentindo que o bolso do consumidor está apertado”, diz o presidente da associação do setor (Abihpec), João Carlos Basílio.

Ele observa que “o momento é de grande volatilidade” no país, o que torna quase impossível traçar um cenário de vendas para o ano. As empresas, diz Basílio, estão faturando “da boca para o cofre, para fechar o mês.”

“Esperamos que o impasse na política seja solucionado o mais rápido possível”, diz o presidente da Abihpec, referindo-se às dificuldades que o governo federal vem enfrentando para aprovar medidas no Congresso.

Neste cenário de incertezas, uma coisa é certa: o movimento de sofisticação do consumo da classe média foi interrompido. As empresas, neste ano, vão defender suas fatias no mercado. Para isso, a estratégia pode passar por oferecer embalagens menores, para estampar um preço mais apetecível aos olhos do consumidor.

Novos investimentos para ampliar a capacidade de produção neste ano são uma incógnita. Em 2014, lembrou Basílio, foram inauguradas quatro fábricas de grande porte – da Boticário, na Bahia, da Natura, no Pará, da Unilever, em São Paulo, e da Procter & Gamble, no Rio de Janeiro. Os investimentos anuais do setor têm ficado entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,9 bilhão.

 

Fonte: Valor

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