Categorias crescem cerca de 20% com sazonalidade do verão

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O verão só começa oficialmente em 21 de dezembro, mas a cadeia de abastecimento precisa se preparar desde já para atender bem o consumidor em uma estação cujo faturamento também costuma ser quente. De acordo com dados obtidos pela consultoria Kantar WorldPanel, itens como bronzeador e protetor solar, além de bebidas e sorvetes, têm seu auge de vendas nesse período do ano. Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Beiersdorf – responsável pela marca Nivea –, revela que 50% das pessoas deixam de utilizar protetor solar da maneira correta por não gostarem da sensação que o creme produz na pele. “Os bronzeadores, por sua vez, estão caindo por causa da conscientização do consumidor em relação aos malefícios da exposição ao Sol sem proteção eficiente, como câncer de pele e envelhecimento precoce”, explica Tatiana Ponce, diretora de Trade Marketing da BDF Nivea Brasil.

Outra empresa que atua no segmento de proteção solar é a Johnson & Johnson, produtora de marcas como Sundown e Neutrogena. De acordo com pesquisa feita pela empresa, 31% das brasileiras usam diariamente o protetor solar, sendo que Porto Alegre/RS e Recife/PE se destacam pelo uso durante o ano inteiro, respectivamente 78% e 77%. Eduardo Siqueira, gerente de Mercado de Sundown, ressalta que a importância de um fator de proteção solar mais alto (FPS30+) vem aumentando significativamente no mercado brasileiro. “As embalagens econômicas – acima de 200 ml – também crescem em ritmo acelerado, assim como aquelas em spray, que também vêm ganhando o gosto dos consumidores por causa da praticidade e de seu efeito refrescante”, diz.

Goles refrescantes

Enquanto o consumidor mata a sede, o setor fatura ainda mais. Eduardo Figueiredo, diretor-comercial da Sucos Jandaia, conta que há um incremento de 20% na demanda de todos os produtos durante o verão. “No Brasil, os sucos e néctares constituem uma opção saudável e refrescante, pois, além de preservar o prazer de consumi-los gelados, são altamente nutritivos, e ricos em vitaminas, minerais e fibras, além de serem ótimos hidratantes”, ressalta.

Segundo o diretor-comercial, a empresa vem crescendo, em média, 20% ao ano desde 2010, resultado de investimentos tanto na linha de pesquisa e desenvolvimento de produto como no trade marketing. “O atacado nas versões cash & carry, distribuição e balcão representa 60% da empresa, ou seja, é um pilar expressivo em nosso negócio, pois, por meio dos clientes atacadistas, conseguimos potencializar a nossa plataforma de distribuição oferecendo ao consumidor várias alternativas para o seu acesso aos produtos”, diz. A fim de aumentar o número de vendas no PDV, Figueiredo sugere campanhas específicas, que exponham os itens no pequeno varejo de maneira atraente, possibilitando aberturas em canais de vendas não convencionais, como farmácias, barracas de praias e clubes.

Margareth Matos, coordenadora de Mídias de outra indústria de bebidas, a Arbor Brasil, conta que as vendas nos períodos mais quentes do ano sobem em 30% a 50%, dependendo muito de cada região do País. Em relação ao faturamento de 2012, a empresa espera crescer de 18% para 20% neste ano, além de duplicar o número de vendas de sucos naturais e de obter um crescimento de 45% na categoria de cervejas especiais. “As praças-alvo estão no litoral do Brasil. Um exemplo é o litoral de Santa Catarina, onde as vendas chegam a duplicar nessa estação”, diz. Para a executiva, o canal atacadista distribuidor deve montar estratégias focadas no varejo regional, “que está ávido por inovações e condições comerciais favoráveis”.

E quem pensa que os chás, tão assiduamente consumidos no inverno, são esquecidos no calor está enganado. Gothardo Gouvêa, diretor-comercial e de Logística da Leão Alimentos e Bebidas, responsável pela marca Matte Leão, conta que a linha de erva-mate da empresa também é muito consumida na versão gelada. “Temos diversos chás da Leão Alimentos, que, combinados com frutas e ingredientes, ficam muito saborosos e refrescantes”, diz o executivo. “Às vezes, a pessoa toma quente pela manhã e gelado no lanche. É um consumo crescente em todo o Brasil”.

Segundo Gouvêa, quando o consumidor escolhe seu sabor de chá, ele busca por produtos que lhe tragam salubridade e bem-estar. “Os parceiros atacadistas são extremamente importantes pela capilaridade que atingem, ramificando-se por pontos de vendas diversificados e importantes para o negócio. Além disso, Leão é uma categoria que, pela tradição, ajuda na composição do pedido, representando, muitas vezes, um ‘abre venda’ da categoria”, finaliza.

Confira a matéria na íntegra na Revista Distribuição nº249 – outubro

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