Entenda os diferentes formatos de entrega ao consumidor e suas aplicações na integração do físico-digital

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*Por Patricia Cotti

 

A aceleração do digital forçada pela pandemia em 2020, fez com que milhares de negócios tivessem que se reinventar e aprender a trabalhar nos meios digitais, com a integração de seus canais, proposição diferenciada de ofertas e preços e novas formas de venda e distribuição de seus produtos.

A integração dos canais on e off foi acelerada de sobremaneira, trazendo à tona problemas operacionais diante desse processo. Se por um lado, a camada digital de venda junto ao consumidor estava estruturada, por outro, as operações para entrega, distribuição, controle de estoque, operação de loja, rentabilidade de metragem quadrada, algoritmos de previsão de demanda, ficavam cada vez mais difíceis de gerenciar.

Dentro deste contexto, o “last mile” (último processo na etapa de entrega de uma encomenda) ganha força especial, com modalidades de coleta e entrega diferenciadas. Entenda abaixo os principais formatos.

1) Ship from store

Estratégia em que as lojas físicas funcionam como pontos de distribuição da empresa, com envio de mercadorias a partir deste ponto e não do Centro de Distribuição. Ou seja, os varejistas usam o estoque de suas lojas físicas para atender pedidos realizados on-line, de maneira a garantir o menor prazo de entrega para o consumidor final. A aplicação mais comum considera o envio de entregas express (em horas ou espaços curtos de tempo) via loja e entregas em D+1 (dias) direto do CD.

Patrícia Cotti, diretora executiva do IBEVAR
2) Retirada em loja

Aplicação comum na integração do físico-digital, com a possibilidade do consumidor retirar o produto no próprio estabelecimento. Atenção aqui deve ser dada para a definição de políticas de agendamento, divisão e reserva de estoque, treinamento de equipe, dentre outros. Há várias modalidades possíveis, que vão desde a retirada com um atendente, até o sistema de drive trhru e/ou lockers.

3) Lockers

Realidade no mundo, os lockers (armários) começam pouco a pouco a ganhar território nacional, podendo ser inseridos dentro do ambiente de loja, fora dele, ou em espaço terceiro (parcerias). Cada uma das estratégias possui seus desafios e benefícios, devendo ser estudada a melhor forma de implementação pela empresa.

4) Drive thru

O formato sempre existiu, porém ganhou uma enorme aceleração pela vontade de não contato do consumidor com o estabelecimento (segurança sanitária). Pode ser estabelecido com pedido imediato (no local), ou somente como retirada. Atenções especiais a espaço, processo, comunicação e atendimento da equipe.

5) Pontos de coleta

Os pontos de coleta para facilitar a retirada. Geralmente containers específicos e/ou lojas parceiras. Realidade vem sendo pouco a pouco inserida nos hábitos do consumidor brasileiro, e veio para ficar.

E a sua empresa? Está preparada para estes novos formatos? Estudar as necessidades do consumidor e os aspectos operacionais é chave para a adoção da melhor estratégia de entrega, sem que haja a dita “fricção”.

 

*Patricia Cotti é diretora executiva do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR) e colunista do Portal Newtrade.
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