Vendas de carros luxuosos têm alta de 14,5% em 2015

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Enquanto as vendas totais de veículos leves no País tiveram queda de 20% entre janeiro e julho de 2015 na comparação com o mesmo período do ano passado, o segmento de automóveis premium apresentou crescimento de 14,5% no número de unidades comercializadas. Os dados são da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Até o mês passado, 261,6 mil carros de marcas focadas no mercado de produtos luxuosos foram vendidos no Brasil – 33 mil a mais do que no ano passado. Considerando apenas os resultados de julho, o aumento ante 2014 foi ainda maior, de 17,4%. De junho para julho deste ano, houve variação de 1,12%. O levantamento considera montadoras como Audi, BMW, Chrysler (que inclui Dodge e Jeep), Honda, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan e Toyota.

Segundo especialistas, os modelos que tiveram as vendas mais afetadas foram os que custam até R$ 50 mil. Isso porque os consumidores de unidades com preços superiores sofrem menos com os efeitos da crise econômica no País, como o desemprego e a diminuição do poder aquisitivo. “Na maioria das vezes, os clientes premium são os empregadores ou têm profissões mais independentes, como médicos e engenheiros”, comenta o superintendente do Sincodiv-SP (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de São Paulo), Octavio Vallejo.

Outra explicação para a alta é o fato de que os compradores de modelos luxuosos – com renda mais elevada, portanto – dependem menos de financiamentos para conseguir efetuar a aquisição. “Para as faixas mais baixas, os bancos têm aumentado a restrição ao crédito”, comenta Vallejo. Neste ano, segundo o Banco Central, o volume de operações de crédito feitas por instituições financeiras privadas teve queda de 16,9% em relação a 2014.

Para os próximos meses, o consultor automotivo Valdner Papa espera manutenção do desempenho atual no mercado premium, sem novos aumentos. “Acho que não teremos um comportamento positivo se o dólar se mantiver entre R$ 3,50 e R$ 3,60, pois os clientes começam a analisar a relação custo-benefício de maneira diferente”, acrescenta Papa, que integra a direção da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). A alta da moeda norte-americana tem forte impacto sobre os preços dos veículos com maior valor agregado, já que muitos deles são importados ou contam com grande quantidade de peças trazidas de fora do Brasil. Informações do Diário do Grande ABC.

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