Setor de produtos de limpeza projeta crescimento de 3% em 2021

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Quando a pandemia da Covid-19 teve início no País, a indústria de produtos de limpeza logo viu seus números subirem. De janeiro a julho do ano passado, o setor cresceu 5,9%, impulsionado pela comercialização de itens como água sanitária, desinfetante e sabão em barra.

No entanto, com o passar do tempo e os desafios, os números começaram a cair e o segmento fechou 2020 com estabilidade. O ano de 2021, porém, não deve repetir esse mesmo cenário, pelo contrário. As perspectivas são de expansão.

A Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla) planeja um avanço de 3% para este ano, em meio ao retorno de várias atividades econômicas e à própria mudança de comportamento do consumidor.

O diretor-executivo da Abipla, Paulo Engler destaca que o Estado de Minas Gerais é o segundo maior mercado de produtos de limpeza do Brasil. São cerca de 700 fábricas do setor. “Minas Gerais tem uma tradição. É o segundo maior mercado e é crescente”, salienta Engler.

Nesse cenário de boas perspectivas, as circunstâncias promissoras para o segmento podem ser vistas nas mais diferentes frentes.

Engler salienta que, a não ser que a pandemia da Covid-19 se intensifique mais, as expectativas são de que haja um retorno mais consistente ao trabalho presencial, com bares, restaurantes, entre outros, de portas abertas. Ele lembra, ainda, a volta às aulas presenciais. “Isso movimenta nosso produto profissional”, diz.

Além disso, o próprio consumidor já não é mais o mesmo. O diretor-executivo da Abipla ressalta que há uma preocupação ainda maior com a higienização – um reflexo da pandemia e da intensificação desse tipo de hábito. “Já temos verificado novos entrantes no mercado, algum aumento de produção. Não estamos vendo fechamentos de fábricas e nem demissões”, diz ele.

Desafios – Para chegar até aqui, porém, a indústria de produtos de limpeza passou por vários desafios ao longo de 2020. Engler conta que o ano passado pode ser comparado a uma montanha russa. Se no começo da pandemia houve uma corrida por produtos de limpeza, aos poucos isso foi mudando.

O valor do auxílio emergencial, medida do governo para pessoas de baixa ou nenhuma renda, diminuiu no fim de 2020, o que contribuiu para que as vendas também fossem menores. Além da questão da demanda, diz Engler, as indústrias do setor se viram em meio à falta de algumas embalagens e diante de um custo de matéria-prima mais elevado. “Tivemos falta de embalagem e sem embalagem o produto não sai”, ressalta.

Apesar dos entraves, a situação já está se modificando. Engler salienta que o cenário está voltando ao normal. “Compras futuras estão sendo confirmadas”, conta ele. Além disso, pontua, a matéria-prima não aumentou mais de preço. “O preço estabilizou, em alguns casos caiu. Estamos projetando mais um dimensionamento para baixo a partir de março”, diz.

 

Fonte Diário do Comércio
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