Prepare-se para a crise mundial do chocolate

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o sistema de produção manual do fruto e os preços baixos pagos pela matéria-prima podem levar ao fim dessa iguaria. A afirmação é de Diego Badaró, chocolateiro que pertence à quinta geração de produtores de cacau do Sul da Bahia e proprietário da marca AMMA.

A evolução do preço do cacau tem sido grande. Nos últimos dois anos subiu 83%, passando de US$ 1500 por tonelada para US$ 2750, com oscilações sazonais. Por ano, estima-se uma queda no volume de produção de 1% a 2% ao ano – pela dificuldade de produção de cacau como um todo. “Ninguém vai se esforçar para produzir uma coisa que é mal remunerada”, alega Badaró.

O raciocínio é o seguinte: o cacau é uma commodity – um grão negociado em volumes gigantescos na bolsa de valores por operadores do mercado financeiro, que provavelmente nunca viram um grão do fruto por lá. O produto é então negociado em pregões eletrônicos que funcionam como intermediador entre o produtor e a indústria. Só que a indústria é formada por empresas gigantescas que aproveitam a matéria-prima e, devido ao grande volume que compram, conseguem esmagar o preço, em busca de margens de lucros maiores, sem levar em consideração a dificuldade de produção. Fonte: Uol

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