Philip Morris, fabricante do Marlboro, anuncia que está desistindo dos cigarros

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“Todos os anos, muitos fumantes desistem do cigarro. Agora é nossa vez”. Com essa frase, a Philip Morris, fabricante do Marlboro e do L&M, anunciou que pretende deixar de vender cigarros no Reino Unido. É provavelmente um primeiro passo para uma mudança de estratégia mundial da companhia. Isso não significa, porém, que a empresa esteja desistindo das frentes mais rentáveis de seu negócio: nicotina e tabaco. Cigarros eletrônicos e produtos alternativos à base de tabaco serão cada vez mais destacados no portfólio da gigante mundial.

Na publicação, que está em diversos jornais locais nesta quinta-feira (4), a empresa afirma que a melhor decisão para os 7,6 milhões de adultos britânicos que fumam é desistir. Por isso, deixará de lado a sua frente mais conhecida para continuar investindo em alternativas para esse vício. “Até agora, investimos 2,5 bilhões de libras esterlinas em pesquisa e desenvolvimento. E isso tem feito diferença”, diz a companhia, citando novos produtos que permitem aos fumantes ter opções melhores para a saúde.

Para cumprir com essa resolução de Ano Novo, a Philip Morris fez uma série de compromissos, como lançar um site e uma campanha com informações para fumantes que querem desistir dos cigarros; apoiar iniciativas governamentais em locais onde o número de fumantes é muito alto e buscar a aprovação do governo para inserir nas embalagens de cigarros informações sobre alternativas para desistir do produto. Por último, obviamente, se comprometeu a expandir a gama de produtos alternativos no Reino Unido.

As tentativas aparentemente nobres da Philip Morris já tiveram efeitos diferentes do esperado em outros momentos. Em setembro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) rejeitou um plano da mesma companhia para criar uma fundação para um Mundo sem Cigarro, focando nas “opções alternativas” que vende.

A Philip Morris afirmou que procura regulamentação da Anvisa para “produtos de risco reduzido, como produtos de tabaco aquecido, que são melhores alternativas para os adultos fumantes do que cigarros”. A empresa afirma que a “visão de construir um futuro sem fumaça não significa construir um futuro sem tabaco”. E reforça que o “principal produto de risco reduzido é um produto que contém tabaco, o que reforça nosso compromisso com a cadeia produtiva do tabaco no Brasil”.

Fonte InfoMoney
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