Minerva Foods registra alta nas vendas e receita líquida recorde no terceiro trimestre

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A Minerva S.A. (BM&FBOVESPA: BEEF3 | OTCQX: MRVSY), uma das líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura, gado vivo e seus derivados, com 26 unidades de abate de bovinos no Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Colômbia, anuncia os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2017 (3T17), ano em que comemora 25 anos de história e dez anos de empresa listada na Bolsa de Valores de São Paulo. A receita líquida de R$ 3,4 bilhões teve alta de 34,9% sobre o 3T16, recorde histórico para um trimestre.

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em setembro (LTM3T17), a receita líquida atingiu R$ 10,7 bilhões (8,6% acima do LTM3T16). Ao considerar as receitas proforma das unidades adquiridas este ano no Mercosul (três plantas de abate no Paraguai, cinco de abate e duas de alimentos processados na Argentina e mais uma de abate Uruguai), a Minerva informa que a receita líquida acumulada chegou a R$ 13,3 bilhões, em linha com o guidance anunciado para os próximos 12 meses (a partir de julho de 2017), no intervalo de R$ 13 bilhões a R$ 14,4 bilhões – diante destes resultados, portanto, a Minerva reafirma a manutenção deste guidance.

A receita bruta no 3T17 foi de R$ 3,7 bilhões (35,8% superior ao 3T16); a receita bruta do LTM3T17 foi de R$ 11,5 bilhões (10% acima do LTM316); e o lucro líquido de R$ 85,8 milhões é 80,9% superior ao do 3T16.

O fluxo de caixa livre ao acionista no 3T17, desconsiderando o investimento para a aquisição das unidades no Mercosul (pago em 1º de agosto), foi de R$ 343,7 milhões, sendo que o fluxo de caixa das atividades operacionais foi de R$ 496,5 milhões. O EBITDA do 3T17 foi de R$ 311,8 milhões, também um recorde histórico, com margem EBITDA de 9,1%. Sobre o desempenho do EBITDA, a Minerva explica que o índice foi impactado por dois meses de operações nas plantas adquiridas no Mercosul, com nível inferior às margens dos ativos da Companhia, devendo se equilibrar aos padrões da empresa nos próximos trimestres devido aos ganhos em sinergia. Levando em considerando o resultado destes novos ativos, o EBITDA proforma referente aos últimos 12 meses atingiu R$ 1,2 bilhão, com margem de 9%.

A posição de caixa em 30/9/2017 era de R$ 3,2 bilhões, 1,5 vez superior aos vencimentos de curto prazo. A alavancagem financeira no final do 3T17, medida por meio do múltiplo da dívida líquida/EBITDA dos últimos 12 meses, ficou em 4,2 vezes, mesmo considerando o pagamento de US$ 300 milhões em 31/7/2017, referentes à aquisição das plantas no Mercosul.

As exportações do período responderam por 58,1% das vendas consolidadas, sendo favorecidas por um cenário setorial que, embora volátil, abriu oportunidades comerciais em diversas regiões. No mercado interno, as vendas cresceram 40,6% em relação ao 2T17 pela combinação de alguns fatores, como: foco contínuo no desenvolvimento de programas de eficiência comercial para elevar a capilaridade e privilegiar a diversificação de canais e origens; aumento do uso de capacidade das unidades no Brasil; retomada das atividades na planta de Mirassol D´Oeste (MT); e a consolidação das vendas das unidades adquiridas no Mercosul.
No mercado externo, onde as vendas cresceram 26,8% sobre o trimestre anterior, a empresa cita ainda os reflexos novamente do desbalanço entre a oferta e a demanda mundial de carnes, que devem ampliar ainda mais os resultados positivos nos próximos meses devido à perspectiva de abertura de novos mercados para os países produtores de carne na América do Sul, como o Japão para o Uruguai, os Estados Unidos para o Paraguai e a reabertura dos EUA para o Brasil.

Minerva tem perspectivas positivas para a América do Sul

Os resultados positivos na geração de caixa, aumento de venda e alta de aproximadamente 36% da receita são atribuídos pela Minerva às suas ações ágeis e flexíveis diante de um ambiente que, embora desafiador e volátil, trouxe oportunidades de crescimento e de aumento da rentabilidade das operações na América do Sul. Neste contexto, o presidente da Companhia, Fernando Galletti de Queiroz, cita três ações importantes tomadas nos últimos meses: aumento do nível de uso da capacidade instalada das plantas brasileiras no 3T17 para níveis acima de 80%; retomada da operação da planta de Mirassol D´Oeste; e início do processo de integração das plantas adquiridas no Mercosul. “Nos próximos trimestres, nosso foco é materializar os ganhos da integração das plantas adquiridas para gerar ganhos de sinergia e crescimento das nossas vantagens competitivas, decorrentes da maior diversificação geográfica, maior acesso a diferentes mercados e melhor posicionamento competitivo entre os players em um cenário de oferta reduzida e alta demanda mundial de carne bovina”, comenta.

No cenário global no trimestre, Queiroz cita como pontos positivos as aprovações dos EUA para as carnes do Paraguai e de Singapura e Argentina para as carnes brasileiras. “Esse processo é fruto da elevação dos padrões tecnológicos e sanitários da região, aliada à falta de oferta mundial”, conta o executivo, destacando também o grande volume exportado pelo Brasil no período (superior a 100 mil toneladas/mês) e o processo de certificação em outros países como Argentina, Paraguai, Uruguai e Colômbia, onde a Minerva possui plantas. “Esperamos que, nos próximos anos, os países produtores de carne bovina na região, em conjunto, obtenham acesso irrestrito aos principais mercados consumidores do mundo”, afirma.

No mercado doméstico, Queiroz conta ser possível observar sinais de retomada de crescimento do consumo de carne bovina a partir do segundo semestre, um efeito que ele atribui à redução da inflação, da taxa de juros e do desemprego. Sobre a perspectiva para o quarto trimestre, ele lembra que, sazonalmente, trata-se de um período que tende a ser mais forte em termos de consumo interno e, em linha com esta tendência, a Minerva mantém o aperfeiçoamento da sua estratégia comercial Go to Market para ampliar seus canais de distribuição no Brasil, focada nos pequenos e médios varejos e no setor de food servisse e que conduziu a companhia a atingir mais de 60 mil pontos de venda no País.

E, sobre as perspectivas para os próximos meses e anos, Queiroz projeta que a América do Sul continuará a gerar excelentes oportunidades para o setor de carne bovina. Para isso, ele cita a maior disponibilidade de bovinos para abate devido ao ciclo positivo do gado no Brasil e no Paraguai; o contínuo desequilíbrio entre oferta e demanda de carne em regiões importantes, como o Extremo Oriente e o Oriente Médio; a efetiva abertura de novos mercados; e a recente retomada dos mercados internos nos países sul-americanos onde a companhia tem distribuição. “Entendemos que a América do Sul tem todas as vantagens competitivas para se transformar na principal plataforma mundial de produção de carne bovina pela estrutura de custos de produção e pelas vantagens naturais que a região oferece. Atenta a isso, a Minerva continuará centrada nos esforços para executar seu plano de negócios, que prevê maior penetração comercial, maior diversificação geográfica no comércio de produtos de terceiros, contínuo aperfeiçoamento dos programas de eficiências operacionais e comerciais, gestão eficiente de riscos, foco na desalavancagem financeira e na geração de retornos consistentes em longo prazo para nossos acionistas”, ressalta.

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