Marfrig compra mais 31% do capital da National Beef por US$ 860 milhões

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A Marfrig comprou mais 31% do capital votante da National Beef por US$ 860 milhões. A empresa é a quarta maior processadora de carne bovina dos Estados Unidos. Com a operação, a Marfrig passará a deter, por meio de uma subsidiária, 81,73% da companhia americana.

Ela está comprando a participação do Jefferies Financial Group, que deixa de ser acionista da empresa.

Em abril do ano passado, a Marfrig havia adquirido 51% das ações da companhia americana por US$ 969 milhões. A operação permitiu que a brasileira se tornasse a segunda maior produtora de carne bovina do mundo, atrás apenas da JBS. O negócio visava o aumento de receitas com a incorporação da produção de duas unidades de processamento da National Beef, no estado do Kansas, além do acesso a mercados para os quais o Brasil não vendia.

A aquisição ocorre dois meses depois de a Marfrig iniciar a produção no Brasil de um hambúrguer vegetal, num cenário em que as empresas processadoras de carne buscam diversificar suas atividades. No terceiro trimestre, a companhia lucrou R$ 100,4 milhões, revertendo prejuízo de R$ 126,3 milhões em igual período do ano passado.

Com o cenário favorável para o mercado de carne este ano, as ações da Marfrig acumulam alta de 85%. No terceiro trimestre, houve aumento de 7,3% no volume de abate na comparação com o período de abril a junho. O resultado foi influenciado pelo maior volume de exportações e pela situação da China.

O país teve uma redução de 40% no rebanho de suínos na comparação com o ano passado em razão da peste suína africana. Os primeiros focos da doença foram confirmados pelo governo chinês em agosto de 2018. A China tem procurado alternativas no mercado da América do Sul para suprir a demanda.

Não é a primeira vez que uma empresa brasileira demonstra interesse na National Beef. Em 2008, a JBS chegou a anunciar a compra da companhia, mas, meses depois, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e as promotorias de 13 estados dos EUA pediram o bloqueio da operação.

Fonte Época Negócios
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