“Esses avanços inspiraram algumas empresas a se dedicar em atividades adicionais de compra, que mostraram o primeiro aumento mensal desde janeiro de 2015. Ainda assim, as indústrias parecem distantes de operar com total capacidade”, disse a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima.
Crescimentos no volume de novos pedidos foram observados nos setores de bens de consumo e de bens intermediários, enquanto que as empresas de bens de capital registraram contração no volume de novos trabalhos.
“A recuperação no total de novos trabalhos foi impulsionada pelo mercado interno, à medida que os novos pedidos para exportação diminuíram, revertendo o aumento observado em março”, explicou o IHS Markit em nota.
Apesar dessa melhora, a quantidade de empregos na indústria do país diminuiu ainda mais em abril, chegando a 26 meses de cortes. Entretanto, o ritmo de perdas de vagas foi o mais fraco nesta sequência.
Em relação aos custos, os entrevistados na pesquisa apontaram que o valor relativamente fraco do real em comparação com o dólar provocou novo aumento nos preços dos insumos, mas este foi o mais fraco em seis meses. Assim, a inflação de preços cobrados enfraqueceu para nível mais baixo em cinco meses.
Os empresários das indústrias no país mantiveram o otimismo em relação às perspectivas para a produção nos próximos 12 meses. Eles preveem um crescimento sustentado com obtenção de novos clientes, lançamento de novas linhas de produtos,atualizações de maquinário e recuperação econômica.
Em fevereiro, a menor fabricação de alimentos pressionou e a produção industrial do Brasil cresceu bem menos do que o esperado segundo dados do IBGE, o que indica a dificuldade da economia em imprimir ritmo consistente de recuperação.