Indústria baiana prevê R$ 70,5 bilhões em investimentos até 2016

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Em toda a Bahia pipocam investimentos de diversos setores da indústria – de bebidas à celulose, passando por mineração, automóveis e petroquímica.  São nada menos que R$ 70,5 bilhões em recursos previstos segundo dados condensados pela Secretaria de Indústria e Comércio e Mineração do Estado. Deste montante, R$ 49,7 bilhões já estão em fase de implantação, com a promessa de gerar 114 mil empregos diretos. O restante ainda se limita às intenções de empresas que esperam uma retomada da economia ou a solução de gargalos logísticos para desembarcar em território baiano.

O empenho baiano em “tirar o atraso de décadas”, nas palavras de alguns observadores do mercado, já chega aos números apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até novembro do ano passado – os dados do ano fechado ainda não foram divulgados –, a produção industrial do Estado havia avançado 4,6%. O resultado é muito superior ao nacional, que ampliou 1,4% da produção industrial no mesmo período, em comparação a 2012. Foram 550 mil empregos gerados nos últimos sete anos.

Ao contrário da maior parte do Brasil, onde a indústria não caminhou tão bem no ano passado, em 2013 a Bahia continuou apresentando bons resultados. Para a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), esse é o retrato de uma indústria pouco dependente de questões cambiais e principalmente pouco ameaçada pelas importações. “A indústria baiana tem setores intensivos de capital e força maior na produção de bens intermediários, como o refino de petróleo. Não produzir diretamente para o consumidor final oferece uma pequena margem de segurança frente a exportações”, afirma Marcus Verhaine, gerente de estudos técnicos da Superintendência de Desenvolvimento Industrial da Fieb.

Atualmente, a Bahia tem o maior crescimento da produção entre os Estados pesquisados pelo IBGE na Pesquisa Industrial Mensal (PIM). Embora haja investimentos em diversos setores, a Fieb, entende que há três motores principais para esse crescimento: o setor de petróleo, o automotivo e a metalurgia básica. “Tivemos um crescimento de 14,75% faturamento com o petróleo refinado aqui na região. Isso teve um impacto significativo”, afirma Verhaine.

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