BRF tem prejuízo líquido de R$286 mi no 1º tri após escândalo da Carne Fraca

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A empresa de alimentos BRF teve prejuízo líquido de R$ 286 milhões no primeiro trimestre, conforme a receita operacional líquida encolheu em meio à queda dos preços e dos volumes produzidos, segundo balanço divulgado na noite de quinta-feira.

O resultado reverte o lucro líquido de R$ 39 milhões apurado entre janeiro e março de 2016, marcando o segundo prejuízo trimestral consecutivo da companhia.

Estimativas de analistas ouvidos pela Reuters variaram amplamente, com três casas projetando, em média, lucro de R$ 141 milhões e outras três sinalizando prejuízo de R$  205 milhões.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recuou mais de 50% frente aos três primeiros meses do ano passado, para R$506 milhões, ficando abaixo da expectativa média de R$ 707 milhões.

O primeiro trimestre foi marcado por interrupções na produção, depois que uma investigação federal em 17 de março revelou esquema de corrupção, no qual empresas e inspetores sanitários conspiravam para vender produtos fora do padrão, falsificar documentos de exportação ou deixar de fiscalizar unidades de processamento.

Como parte da investigação, a fábrica de Mineiros, em Goiás, foi fechada e dois executivos da BRF estavam entre as 60 pessoas acusadas de participar do esquema. A unidade foi reaberta em 8 de abril.

“A administração agiu rapidamente, adotando medidas para esclarecer os fatos e mostrando transparência e agilidade em comunicação com todos os interessados”, informou a BRF no material de divulgação do balanço.

A empresa, que é a maior produtora de frango do mundo, disse que continua cooperando com as autoridades na investigação.

Na quarta-feira, o governo brasileiro informou que 57 importadores endureceram os controles de embarques diante do escândalo, mas que nenhuma irregularidade havia sido constatada.

As exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango recuaram 22,1% em abril, apesar de um forte aumento dos preços parcialmente compensar volumes menores embarcados após a notícia da investigação.

Fonte Época Negócios
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