Ambev e Heineken acirram briga com investimentos e distribuição de energético

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A disputa entre Ambev e Heineken pelo mercado local ganhou novos episódios nesta semana, com ambas as cervejarias anunciando investimentos para o resto do ano no segmento de cerveja. Porém, o que provocou o clima de “quem dá mais” não teve a ver com álcool, mas sim com energético.

Na segunda-feira, 27, a superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deferiu o pedido de intervenção feito pela Heineken e pela Cervejaria Petrópolis no ato de concentração envolvendo a Ambev e a Red Bull do Brasil.

As empresas demonstraram preocupação com o negócio, que consiste na celebração de um contrato de distribuição entre a Red Bull e a Ambev, por meio do qual a última distribuirá ou revenderá bebidas energéticas da Red Bull em determinados pontos de venda do território nacional.

Petrópolis e Heineken entraram como terceiros interessados no processo, dizendo-se temerosos de que o negócio pode consistir em práticas anticompetitivas no segmento de energéticos. Em resposta ao Cade, Ambev e Red Bull apresentaram os dados dos dez principais clientes de energéticos em nível nacional que se enquadram nos pontos de venda contemplados no contrato. Muitos dados estão no processo com acesso restrito.

Com o pedido aceito pelo Cade, a superintendência do órgão deu prazo de 15 dias para que a Cervejaria Petrópolis e a Heineken apresentem informações complementares, documentos e pareceres necessários à comprovação das alegações feitas.

Na quinta-feira, 30, a Heineken comunicou o aporte de R$ 550 milhões no Estado de São Paulo até o fim do ano, dizendo que o investimento faz parte da estratégia de expansão nacional da companhia, que focará na modernização de suas cervejarias em Araraquara, Itu e Jacareí, além de sua microcervejaria em Campos do Jordão. Durante encontro do presidente da Ambev, Bernarndo Paiva, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta-feira, 31, a companhia anunciou que vai investir mais de R$ 2 bilhões em 2019. Segundo a empresa, o montante será destinado ao aumento da produção de cervejas premium e de puro malte e também a outras inovações a serem anunciadas ao longo do ano.

Fonte Estadão
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