Pagamentos sem uso de dinheiro em espécie devem crescer cerca de 10%

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A Capgemini, um dos principais provedores globais de serviços de consultoria, tecnologia e terceirização, divulga os resultados da 10a edição do World Payments Report (Relatório Mundial de Meios de Pagamento), elaborado pela Capgemini e pelo Royal Bank of Scotland (RBS).

A pesquisa aponta que o volume de pagamentos sem o uso de dinheiro em espécie subiu 9,4%, chegando a 366 bilhões de transações em 2013. Esse resultado se deve ao forte crescimento nos mercados em desenvolvimento e ao uso de cartões de crédito (aumento de 9,9%) e débito (aumento de 13,4%2).

Em termos de movimentações financeiras sem dinheiro, o Brasil continua sendo o terceiro maior país no ranking global, atrás dos Estados Unidos e da Europa.

Com o contínuo crescimento de pagamentos eletrônicos (e-payments) e móveis (m-payments) e da pressão dos órgãos reguladores, o setor de serviços financeiros tenta encontrar novas maneiras de satisfazer às demandas dos consumidores.

Mercados em desenvolvimento ainda lideram o crescimento

No geral, mais de 50% do volume de pagamentos sem o uso de dinheiro vivo foram gerados nos países em desenvolvimento, apesar dessas localidades representam somente 1/4 (25,5%) do mercado total, com 93 bilhões de transações. A China ainda está relativamente atrasada em relação às operações sem dinheiro, mas sua população e taxa de crescimento sugerem que, havendo as condições certas, o país poderia, em breve, ultrapassar os Estados Unidos e a Zona do Euro nos próximos cinco anos. Atualmente, um em cada cinco usários de serviços bancários móveis (mobile banking) vive na China. Além dela, a região que compreende a Europa Central, Oriente Médio e África (CEMEA) vem logo atrás, com 23,8% de aumento; seguidos pela Ásia emergente, com 22,8%, e América Latina, co m 11%.

No Brasil, a taxa anual de transações sem dinheiro em espécie ficou em 13,5% entre 2008 e 2010 mas, no período entre 2010 e 2012, caiu para 8% ao ano. As operações com cheques diminuíram 7% ao ano, e chegaram a 9% em 2012. O maior crescimento no País tem sido das operações com cartões, com elevação de 17% ao ano desde 2010. O cartão de débito desacelerou, enquanto o crédito permaneceu em alta. Desde 2011, as transferências de crédito crescem 8% ao ano e, os débitos, 5%.

 “Os mercados em expansão continuam a crescer, registrando um aumento expressivo de 18,3% contra os 4,5% verificados nas regiões mais maduras, em 2012. Esses níveis consideráveis de crescimento, assim como as previsões ainda mais otimistas para a pesquisa do próximo ano, representam uma grande oportunidade para esse mercado. A China, por exemplo, é um país a ser observado nos próximos anos, uma vez que o relatório prevê que, mantendo-se as altas taxas atuais, o país poderia se tornar o maior mercado de transações sem dinheiro em apenas cinco anos. Essas taxas em regiões importantes pressionam o setor global de pagamentos a inovar para satisfazer à demanda dos consumidores, que cresce rapidamente”, afirma o diretor executivo da área de pagamentos do RBS, William Higgins.

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