Levy afirma que o desafio da gestão pública é saber como gastar

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O grande desafio da gestão pública é a racionalização do gasto, disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na abertura do 5º Congresso de Informação de Custos e Qualidade do Gasto no Setor Público, realizado em Brasília. Se, de um lado, há uma demanda crescente por serviços públicos, de outro, há limites orçamentários. Por isso, o governo precisa avaliar sempre quais são as prioridades e escolher entre as várias possibilidades de despesa, afirmou o ministro.

“É preciso saber onde e como estamos gastando. A capacidade de tributar tem limites, o Orçamento tem limite, a carga fiscal tem limite”, disse.

Para conciliar esses dois lados, disse Levy, “a chave” é a racionalização e priorização do gasto de forma a se atingir os objetivos dos cidadãos em relação aos serviços públicos. O governo, lembrou, não produz e usa insumos da própria sociedade para entregar serviços. Para Levy, a racionalização dos gastos é o “novo passo” que deve ser tomado de maneira a manter trajetória de desenvolvimento sustentado. Segundo ele, a qualidade do gasto é uma das bandeiras da Fazenda. Antes disso, o ministro listou conquistas da sociedade brasileira, como a estabilização monetária.

Outra importante conquista, disse, foi “o processo de redução de desigualdades”. “Embora o processo tenha sido beneficiado por elementos externos, como a alta nos preços de commodities, é inegável que políticas instituídas e aprofundadas na década passada tiveram efeito poderoso”, acrescentou o ministro.

Em meio aos crescentes rumores sobre a insatisfação petista a respeito de sua gestão, Levy fez uma comparação entre o momento atual da economia e o cenário vivido durante o começo do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“No começo do governo Lula, havia incerteza, muita gente estava retraída e o dólar estava lá em cima. A incerteza fiscal desapareceu e o crescimento veio rápido. 2003 foi um ano de desafio, mas 2004 foi ano de crescimento, de aceleração. Ao final de 2004, a gente infelizmente começou a bater no muro da [falta de] oferta e o Banco Central teve que começar a agir”, disse.

Via Valor

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