Kantar: estudo inédito mostra os primeiros resultados do confinamento no Brasil e outros países da América Latina

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Primeiramente é importante contextualizar a nova pandemia em comparação com a anterior. Enquanto a Covid-19 recebeu este status apenas 101 dias depois do surgimento do primeiro caso, a H1N1 levou 455 dias. Além disso, passados 125 dias, já foram infectadas mais de 1,4 milhão de pessoas, contra as 575 mil durante os 510 dias de duração da H1N1. A letalidade, ao menos na América Latina, também já é mais alta: 3,2% frente aos 2,5% registrados.

Nesse cenário, o volume de compras aumentou 25% na cidade de São Paulo no período de 16 a 22 de março, em comparação com o anterior, entre os dias 9 e 15, e os responsáveis por esta corrida para abastecimento foram principalmente os mais jovens e as famílias de classe média, motivados pelo medo do risco de contágio.

O aumento de alguns gastos é relevante, principalmente com produtos para higiene pessoal, limpeza e cuidados com a casa. Foi registrado um crescimento de 211% na compra de papel higiênico, 98% de produtos para cuidados com a casa, 79% de detergentes e 73% de cereais.

Considerando faixas etárias, menores de 29 anos fizeram 71% mais compras nesse mesmo período do que no anterior.

No Brasil como um todo, mais de 1 milhão de ocasiões por semana de consumo de produtos para cuidados pessoais está em risco devido ao isolamento social, sendo 973 milhões relacionadas com a ida ao trabalho ou instituição de ensino e outras 356 milhões que geralmente acontecem antes de eventos sociais. No Reino Unido, já se observa uma queda de 20% nas ocasiões de consumo de higiene pessoal durante o período de confinamento.

“O distanciamento social já mostra sinais significativos de mudança na rotina dos brasileiros e a presença online fica cada vez mais forte à medida que ele continua. Mais de 10% dos brasileiros já compram seus produtos de cuidados pessoais pelo comércio eletrônico e apenas em 2020 este segmento atraiu mais de 1,2 milhão de novos lares, no que se refere à aquisição de bens de consumo massivo (FMCG)”, afirma Marcela Botana, Diretora Regional de Atendimento da Kantar Brasil.

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