Indústria cobra plano do governo

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Associações industriais dos principais setores econômicos resolveram se unir em busca de uma mãozinha do governo federal. A ideia é bater à porta do Planalto para apresentar um programa de reformas e incentivos, que promete ajudar a indústria nacional.

Esse plano multidisciplinar circulasem fôlego entre os diversos setores produtivos. Segundo fontes envolvidas, fazem parte do bloco associações ligadas à indústria do aço, de eletroeletrônica, autopeças, alimentos, química, entre outros. “Envolve 20 entidades de classes capitaneadas pelo Luiz Aubert, presidente da Abimaq, que somam mais de 40% do Produto Interno Bruto ( PIB ) Industrial do País”, afirma um executivo. Juntas, essas associações compõe cerca de 7% do PIB nacional.

O plano a ser apresentado em Brasília deve conter seis pontos principais, concentrados no contexto econômico que envolve as empresas. Entre eles, estão a valorização do real frente ao dólar , reforma trabalhista e desoneração das principais cadeias. O presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos ( Abimaq ), afirmou que o formato do projeto ainda não está pronto. Por isso não pode dar mais detalhes quanto aos pontos que serão pleiteados ou os setores que estão envolvidos. “Até sexta-feira (8) teremos algo para apresentar”, diz Luiz Aubert.

O objetivo de todo essa movimentação não poderia ser outro senão o tão conhecido “ganho de competitividade”, assunto tido como “prioridade número um” para a Abimaq, segundo Carlos Pastoriza, diretor da instituição. A âncora da indústria nacional é, segundo Pastoriza, o dólar desfavorável. Para Pastoriza, a moeda americana precisar estar pelo menos 10% mais cara para que a indústria possa “começar a respirar”. “O Brasil está em uma encruzilhada: ou vira potência ou volta a ser colônia”, pontua. Para Pastoriza, não há outra saída. “Brasília não tem alternativa. Ou a gente corrige essa questão do dólar ou o mundo fará isso com nossos produtos”, diz.

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