Índice Cielo mostra como o desabastecimento afetou os hábitos de consumo da população brasileira

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Levantamento do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostra o comportamento do consumo da população brasileira entre os dias 23 e 25 de maio, quando a paralisação dos caminhoneiros passou a afetar mais diretamente o abastecimento de produtos em todo o País.
A receita de vendas em postos de combustíveis chegou a dobrar na quarta (23) e quinta-feira (24) em comparação a média diária do início do mês de maio. Além disso, a quantidade de vendas e o gasto médio registraram crescimento de 53% e 31%, respectivamente. Porém, já na sexta-feira, 25, houve queda de 28% na receita de vendas, decorrente da diminuição da quantidade de vendas realizadas (-38%), reflexo direto da falta de oferta, com diversos estabelecimentos fechados. O gasto médio, entretanto, seguiu em alta, com 15%.

Comportamento diferente foi observado no segmento de Supermercados e Hipermercados: entre os dias 23 e 24 a receita de vendas cresceu 23%. Na sexta-feira (25) o volume foi ainda maior – 52% –, ficando atrás apenas da receita registrada no sábado, 12, véspera do Dia das Mães. Esse aumento foi impactado de forma similar pelo crescimento tanto na quantidade de vendas quanto pelo gasto médio, que também tiveram as maiores altas na sexta-feira. “O ICVA nos evidencia que a população brasileira tem se preocupado com itens de necessidade básica. Porém, pode ocorrer que esse segmento também seja afetado pela eventual escassez de produtos”, afirma Gabriel Mariotto, diretor de Inteligência da Cielo.

O setor de Alimentação (Bares e Restaurantes) apresentou uma queda de 8% na quinta-feira (24) em comparação com a semana anterior (17), decorrente principalmente da diminuição da quantidade de vendas, que também recuou 8%. O segmento de Vestuário e Artigos Desportivos apresentou o mesmo comportamento, com quedas de 10% na receita e de 12% na quantidade de vendas.

O efeito de queda de receita na quinta-feira (24) na comparação com a quinta-feira anterior (17) também foi visto nos setores de Móveis, Eletrodomésticos e Lojas de Departamento, e Materiais para Construção, 19% e 16%, respectivamente. Ambos os resultados foram impactados pela diminuição na quantidade de produtos vendidos.

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