Demora na aprovação de reformas pode obrigar Governo adotar medidas drásticas

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A demora na aprovação de reformas estruturais na economia pode obrigar o governo a ter que adotar, muito em breve, medidas “drásticas” para controlar a deterioração da economia brasileira, disse hoje (10) o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, durante apresentação em seminário do Tesouro Nacional.

O governo prepara, no momento, uma proposta de reforma fiscal, com o objetivo de reduzir os gastos obrigatórios do governo e dar mais espaço para o controle das despesas públicas, além de uma outra de reforma na previdência, para rever as regras de aposentadoria e reverter o déficit no setor em médio prazo.

Ambas devem ser enviadas ao Congresso Nacional até o fim de abril, segundo o ministro.

“Essas propostas em constituição têm a característica de serem graduais, promoverem regras de transição. Ainda estamos em uma situação que podemos enfrentar esses problemas de um modo previsível e gradual, sem sobressaltos, sem surpresas”, disse Barbosa. No entanto, “o adiamento do enfrentamento desses problemas vai tornar inevitável a adoção de soluções mais drásticas num futuro muito próximo, o que não é bom para ninguém”, afirmou.

Tais propostas, no entanto, enfrentam resistência de partidos da base aliada do governo, inclusive do Partido dos Trabalhadores (PT), que defendem, em vez disso, a necessidade de medidas de curto prazo para estimular a economia e conter rapidamente o aumento do desemprego.

No curto prazo, o Ministério da Fazenda prepara o anúncio de medidas de estímulo ao crédito para os setores de infraestrutura e agricultura e para as exportações, à semelhança do que foi feito nas últimas semanas em relação crédito imobiliário, revelou Barbosa.

Com tais medidas, o governo pretende que a economia volte a crescer ainda este ano.

“Segundo nossas projeções, a expectativa é que a economia se estabilize no terceiro trimestre e volte a crescer no quarto trimestre”, disse o ministro.

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