Crescimento de 0,1% no terceiro tri é resultado de uma combinação letal, afirma presidente da ABAD

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O crescimento de apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2013, com forte recuo no consumo das famílias, é resultado de uma combinação letal: juros altos e inflação, avalia José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados. A equipe econômica do governo, que acaba de assumir, terá o desafio de recolocar o país nos trilhos.

“O crescimento baixo é crônico no Brasil, mas nos atuais patamares só demonstra o quão desastrosa foi a condução econômica até aqui. A nova equipe precisa oferecer as condições econômicas e regulatórias necessárias para a realização de novos investimentos. Sem Isso, estaremos fadados a um longo período de baixo crescimento”, diz o empresário.

Por meses a fio, o Banco Central vem elevando a taxa básica de juros e os impasses que justificam tecnicamente novos aumentos em futuro próximo continuam presentes. Um deles é o consumo, que ainda é o principal motor de nossa economia, ressalta José do Egito. Se por um lado ele precisa ser controlado por meio de juros para não gerar ainda mais pressões, por outro, não pode ser excessivamente contido para não prejudicar ainda mais o crescimento.

“Assim, tanto na ponta da produção como na ponta do consumo, o atual arranjo é perverso para o país e compromete o futuro da nossa economia. É preciso sair dessa armadilha, e a necessidade de reformas é cada vez mais premente. Temos de retomar os investimentos para garantir a sustentabilidade do próprio consumo e para permitir o avanço nas reformas de infraestrutura, essenciais para o país”, finaliza.

 

 

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