Consumidor prioriza preço na hora de comprar medicamentos, aponta pesquisa 

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A importância do preço na hora da aquisição de produtos pelos consumidores foi um dos pontos abordados pela Pesquisa de Comportamento do Cliente na Farmácia 2019 realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (IFEPEC) em parceria com o NEIT – Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp, que entrevistou 4 mil clientes em todo país.
Segundo os resultados, ao serem questionados sobre quais os critérios de escolha de uma farmácia, ficou bem claro que os clientes priorizam o bolso e a comodidade. Dos entrevistados: 64,95% afirmaram acreditar que as farmácias onde efetuaram suas compras praticam preços mais baixos que os concorrentes e 24,50% apontaram a localização como fator importante para a escolha.
Além desses fatores, foram considerados também: o estoque (6,25%), a facilidade de estacionar (1,58%), possuir atendimento da Farmácia Popular (1,35%) e o bom atendimento (0,88%).
“Por meio desse questionamento observamos que o brasileiro está muito mais preocupando com o bolso, mesmo em produtos básicos como medicamentos. Contudo, não é o dinheiro que fará com que ele deixe de consumir”, analisa Edison Tamascia, presidente da Febrafar, que solicitou a pesquisa.
Falta de pesquisa
Outro dado importante do estudo aponta que a maioria da população não pesquisou preço antes da compra: 88,43% dos entrevistados afirmaram que não pesquisaram preços antes da compra efetuada, 8,70% afirmaram que não pesquisaram preços naquele dia específico, mas que costumam pesquisar, e 2,88% afirmaram que pesquisaram.
“Embora os clientes apontem o preço baixo como principal fator da escolha da farmácia, a pesquisa demonstrou que os mesmos não fazem comparação de preços a cada compra e que comparações realizadas no passado e a percepção é o que o leva o cliente a concluir que uma loja pratica preços competitivos”, aponta Tamascia.
Compra quase certa
A pesquisa também apontou que a maioria das pessoas que entrou nas farmácias, adquiriu aquilo que foi procurar ou pelo menos parcialmente. Apenas 3,13% não comprou o que pretendia, frente a 80,68% que comprou tudo que necessitava e outros 16,20% que fez aquisição parcial.
“Fato interessante é que: quando uma pessoa entra em uma farmácia a compra já é praticamente certa. Quando essa compra não ocorre, geralmente, se dá por problema de falta de estoque da loja”, avalia Tamascia.
Em contrapartida, dentro da farmácia se observa que a troca de produtos (por de outras marcas ou por genéricos) é mais intensa. Isso ocorreu para 28,83% dos clientes e, nesses casos, o principal motivo foi o preço (54,38%), seguido pela falta do medicamento que desejavam (41,95%) e os demais (3,68%) apontaram motivos diversos.
Nesta questão se observa a força que o genérico vem obtendo no mercado: 75,45% dos clientes trocaram um produto de marca por esse tipo de medicamento. Apenas 24,55% trocaram o produto genérico por um de marca.
Também é importante ser considerada a baixa influência do atendente nessa troca: em 84,20% das vezes que isso ocorreu a iniciativa foi do cliente e em apenas 15,80% isso ocorreu por direcionamento do atendente.
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