Brasil pode sofrer novos cortes

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Apesar de esperado pelo mercado, o rebaixamento do rating do Brasil em dois níveis pela agência de classificação de risco Moody’s na manhã desta quarta-feira, 24, surpreendeu pela “agressividade”, justificada pela defasagem em relação às outras agências de rating. A Moody’s era a única das três principais a manter o Brasil no grau de investimento e, por isso, a avaliação de economistas ouvidos pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) é que este downgrade tem efeito mais limitado nos mercados domésticos, mas deve afastar ainda mais investidores do País. Informações do site Estadão.

Apesar de esperado pelo mercado, o rebaixamento do rating do Brasil em dois níveis pela agência de classificação de risco Moody’s na manhã desta quarta-feira, 24, surpreendeu pela “agressividade”, justificada pela defasagem em relação às outras agências de rating. A Moody’s era a única das três principais a manter o Brasil no grau de investimento e, por isso, a avaliação de economistas ouvidos pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) é que este downgrade tem efeito mais limitado nos mercados domésticos, mas deve afastar ainda mais investidores do País.

O downgrade pela S&P veio depois de o governo enviar ao Congresso peça orçamentária deficitária. O segundo, pela Fitch, foi após a Fazenda sugerir redução da meta de superávit primário. Agora, a Moody’s corta a nota do País dias após o anúncio de uma banda fiscal.

Sem uma melhora do ambiente econômico e político que levem a um ajuste fiscal convincente, novos rebaixamentos do rating soberano brasileiro devem ocorrer nos próximos meses, avalia o economista para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos. Uma estabilização dos ratings e, eventualmente, a volta para o grau de investimento demandarão do governo federal uma combinação de um ajuste fiscal convincente e reformas estruturais para aumentar o crescimento potencial do País, avalia Ramos. “Infelizmente, o cenário de curto prazo não é muito promissor.”

O lado menos ruim do fato é que o corte da nota pode funcionar como um catalisador para a classe política brasileira fazer andar a agenda econômica. Na avaliação do diretor de pesquisa econômica da GO Associados, Fabio Silveira, este seria o estímulo que faltava ao Congresso Nacional e ao governo para um pacto político em torno do reequilíbrio fiscal do País. Campos Neto concorda que enquanto o impasse político não for resolvido as questões econômicas e fiscais também não avançarão. “Como o cenário político está muito indefinido e pode se arrastar até 2018 não dá pra enxergar uma luz no fim do túnel”, afirmou.

A Moody’s afirmou que a adoção de uma meta flexível para o superávit primário não foi determinante para a decisão, mas destacou dificuldades do Congresso em aprovar reformas e atribuiu a perspectiva negativa às incertezas políticas e econômicas.

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