Aluguel de computadores deve crescer 24% em 2021

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Muitas empresas tiveram que adotar o home office às pressas no último ano. Na busca pela melhor forma de lidar com essa correria, muitas acabaram descobrindo que alugar pode ser mais vantajoso que comprar computadores para a equipe. Para 2021, a projeção de alta nas locações de computadores de mesa e notebooks é de 24%, de acordo com dados da International Data Corporation (IDC) Brasil.

A IDC Brasil, que monitora as vendas de máquinas, observou em 2020 um aumento de 2,6% nos computadores destinados a empresas de aluguel, em comparação com o ano anterior. Foram 405 mil equipamentos adquiridos.  “Além da crise de saúde, o coronavírus trouxe uma crise de fluxo de caixa para as empresas, então tirar custos do capital e colocar no operacional faz todo o sentido”, afirma Rodrigo Pereira, analista de mercado da IDC Brasil.

Com a locação, a economia das empresas pode chegar a 40%, segundo levantamento da startup de aluguéis Plugify.

Os gastos com manutenção são os principais responsáveis pela desvantagem da compra. Depois de aquisição do equipamento, vêm os gastos com configuração, logística de envio ao home office, trâmites fiscais, seguro, assinatura de softwares e vários outros itens.

O ramo de locação de equipamentos não é novidade no país. As empresas já alugam impressoras há muitos anos, por exemplo. No entanto, a compra ainda é bem mais expressiva. Enquanto nos Estados Unidos 80% das empresas alugam seus equipamentos de TI, no Brasil o serviço representa apenas 10%, de acordo com o IDC.

É um mercado em ascensão que agora está ganhando muito mais força com a locação de computadores. Já existem várias iniciativas disponíveis para esse segmento e a Plugify é uma delas. Lançada há três anos, a startup dobrou de tamanho em 2020. O mesmo crescimento é previsto para este ano.

Esse crescimento acelerado gerou desafios aos fabricantes. Os primeiros lockdowns que ocorreram na China em janeiro de 2020 afetaram grandes fornecedores de componentes para produtos eletrônicos. Muitas fábricas tiveram que fechar as portas e isso tem gerado reflexos na produção até hoje – há uma falta mundial de chips, por exemplo.

A Plugify sentiu o desequilíbrio entre oferta e procura. Mas mesmo assim Daniel Fernandes, diretor de vendas, marketing e produtos, diz ter conseguido garantir que os equipamentos chegassem aos clientes. “Precisamos de muita gestão de prazo. No ápice da crise, a gente tinha uma reunião todos os dias para discutir a ampliação do estoque. Contamos muito com a nossa área de planejamento com o cliente, que acompanha o ritmo de contratação de cada empresa”, ele afirma.

A maior parte dos clientes pertence ao ramo da tecnologia. A empresa atende quatro unicórnios e atribui o interesse do ramo ao crescimento acelerado que o caracteriza. Segundo o porta-voz, o dinamismo demanda uma gestão muito mais eficiente para os parques de TI.

Fonte 6 Minutos
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