2060: Economia terá menos crescimento e mais desigualdade

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Estudo da  OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), que reúne 34 Países, mostra que o cenário  econômico de 2060 será ruim, informa a Exame.com.

A previsão é que o PIB nos Países da OCDE e do G-20 cresça em média 2,7% anuais entre 2010 e 2060, comparado aos 3,4% registrados entre 1996 e 2010. A boa notícia é que o centro do sistema deve continuar caminhando em direção aos emergentes ( o Brasil é um deles) que terão no futuro uma fatia da economia global muito mais alta do que a dos países da OCDE.

Mas enquanto a diferença entre Países e regiões deve diminuir, vai continuar aumentando a desigualdade interna.  Como a economia será cada vez mais centrada no conhecimento, a diferença nas perspectivas dos mais e menos qualificados vai aumentar – um processo que já está acontecendo, mas vai ficar cada vez mais intenso.

A entidade acrescenta que  muitos dos instrumentos usados hoje para combater a desigualdade, como a política tributária,  também devem ficar menos eficientes.

O perigo é que na medida em que a economia global fique mais integrada, os Países entrem em uma “corrida para o abismo”, um nivelamento por baixo em que benefícios trabalhistas e formas de redistribuição são evitados para não afugentar empresas e negócios.

Uma economia baseada no conhecimento também tem naturalmente mais mobilidade. Neste cenário, começa a fazer mais sentido taxar coisas mais tangíveis – como imóveis e recursos naturais, por exemplo. Mas são justamente estes tipos de bens que devem perder importância na economia do futuro.

A solução sugerida pela OCDE é aumentar a cooperação internacional e focar em combater a desigualdade equalizando as oportunidades desde os primeiros momentos de vida, através de uma educação constante e de alta qualidade.

 

 

 

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