Representantes do varejo nacional se unem a favor de trabalho intermitente

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Na manhã desta quarta-feira (28), quatro representantes das maiores entidades brasileiras do comércio e serviços se reuniram no II Fórum Nacional de Comércio, em Brasília, para discutirem assuntos oportunos para o setor. A jornada  de trabalho intermitente e a CPMF foram os principais assuntos da rodada. Os participantes, Honório Pinheiro, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Fernando Yamada, presidente Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), José do Egito, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) e Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), são integrantes da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), que conta ainda com a participação da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (ALSHOP), Confederação das Associações Comerciais e Empresarias do Brasil (CACB) e Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).

Logo no início do painel, os representantes presentes no evento comentaram a importância da regulamentação do trabalho intermitente no Congresso Nacional. A jornada intermitente é uma jornada móvel. Com ela, haverá a “possibilidade do empregado se adequar as demandas do empregador e vice-versa. Além disso, existe um enorme contingente de brasileiros, principalmente jovens e terceira idade, com o desejo e disponibilidade de trabalho em jornadas reduzidas e flexíveis”, explicou Solmucci, presidente da ABRASEL.

O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, também chamou a atenção sobre a necessidade de alterar os tipos de contratações já existentes. “A legislação trabalhista atual que permite apenas a contratação de mão de obra em jornadas fixas e de 44 horas semanais não atende a necessidade do setor. Nossa legislação é de 1942 e focada na indústria e não no setor de comércio e serviços, que hoje é um dos principais geradores de emprego do Brasil. Vamos lutar no Congresso pela normatização da jornada intermitente e demostrar a necessidade da utilização da jornada móvel e da jornada reduzida de trabalho”, afirmou Pinheiro.

Sem clima para a CPMF

A UNECS também se manifestou contra a volta da CPMF. “Sabemos a necessidade de um ajuste fiscal, mas isso não pode lesar a população. Estamos reunidos semanalmente com a nossa Frente Parlamentar, que hoje tem a participação de 21 senadores e mais de 200 deputados, para influenciar nas pautas que irão beneficiar ou prejudicar o varejo nacional. Estamos atentos a tudo”, explicou Yamada.

 

 

A União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços surgiu em 2014 e é formada por 7 entidades que representam, em conjunto, um faturamento de R$ 1 trilhão de reais, com geração de 9,91 milhões de empregos diretos no País, o que corresponde a 20% dos empregos formais. Além disso, a UNECS é responsável por 64,9% das operações de cartão de crédito e débito no Brasil.

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