Pequeno varejo foi o que mais contratou nos últimos meses, diz pesquisa

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Levantamento do Sincovaga-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de S. Paulo) sobre empregos no setor detectou que em 2016 e início de 2017 o segmento de supermercados mostrou um desempenho muito distinto, dependendo do porte das empresas. De acordo com os dados, as empresas de pequeno porte geraram liquidamente empregos enquanto os supermercados maiores fecharam vagas no Estado de São Paulo no período.

Ao longo do ano passado, o setor abriu 3.761 vagas, sendo que apenas os supermercados com até quatro funcionários criaram postos de trabalho (23.309). Neste ano, em dois meses, o fenômeno continua. Enquanto o setor inteiro teve redução de 6.031 vagas no Estado, as pequenas empresas criaram 2.382 postos de trabalho.

O quadro abaixo resume bem o cenário:

Segundo os dados do Caged, o ano de 2017 começa com uma boa notícia geral: independentemente do porte das empresas, houve queda de 9,6% nos desligamentos em fevereiro em comparação com o mesmo período do ano passado e as admissões cresceram 2,4%. O resultado de janeiro de 2017 já havia sido um pouco melhor do que no mesmo mês do ano passado e em fevereiro essa tendência de melhora se acentuou.

Para o presidente do Sincovaga-SP, Alvaro Furtado, qualquer comparação mostrará o desempenho das pequenas empresas muito superior em termos de geração líquida de vagas. “Isso se explica por uma estratégia adotada desde o ano passado pelas grandes redes de supermercados de fechar algumas lojas maiores em certos bairros e adotar marcas de mini mercados locais, o que reduz as vagas nesses estabelecimentos, como vimos”, afirma.

“Ao mesmo tempo, houve investimento de lojas muito pequenas de bairros na periferia e mini mercadinhoslocais. Esse fenômeno foi maior nas grandes cidades, e ainda deve ter alguma continuidade ao longo dos próximos meses, uma tendência que vale acompanhar”, explica o especialista.

“O varejo de alimentos, em virtude do seu porte e do fato de ser um dos setores mais tradicionais e essenciais, acaba refletindo o que acontece na economia, para o bem e para o mal. Se a recuperação se concretizar, a expectativa é que impulsione também investimento, faturamento e geração de empregos, o que reflete automaticamente no consumo”, completa o presidente do Sincovaga-SP.

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