Índice de ruptura dos supermercados chega a 10,5% no primeiro semestre

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Em estudo desenvolvido pela Neogrid, o índice de ruptura (falta de produtos das prateleiras) nos supermercados brasileiros fechou o primeiro semestre de 2019 em queda. No mês de junho, ele foi de 9,77%, enquanto a média do semestre como um todo ficou em 10,5%.

Segundo Robson Munhoz, vice-presidente de Operações da Neogrid, a expectativa para sair da crise após as eleições foi muito alta, mas essa recuperação demorou mais do que o esperado. “Com isso, os supermercadistas não empataram um grande volume de capital de giro nos estoques. Mas a expectativa da votação da reforma da previdência e o aumento acumulado nas vendas até maio podem ter influenciado na queda do indicador de ruptura”, complementa.

De acordo com dados do IBGE, a produção industrial (PIM) brasileira recuou 0,2% em maio, na comparação com o avanço de 0,3% de abril. Embora na comparação em 12 meses (maio de 2019 contra o mesmo mês do ano anterior) a alta tenha sido expressiva, de 7,1%, a indústria está 3,7% abaixo do patamar pré-greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio de 2018. No ano, o indicador acumula queda de 0,7%. Em resumo, existe uma desaceleração do ritmo industrial, principalmente a partir do segundo semestre do ano passado.

Expectativas para o segundo semestre

Já para os próximos seis meses de 2019, Munhoz acredita que as perspectivas são boas e indicam uma sensível melhora no setor. “Pode ser ainda um sinal prematuro de evolução, mas de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), entre janeiro e maio, houve aumento nas vendas do segmento, no acumulado do ano, apesar da lenta recuperação da economia.

Da mesma forma, os empresários da indústria também estão começando a ficar mais confiantes, ainda mais agora com a aprovação da reforma da previdência. E o indicador de ruptura tem muita correlação com a economia, seja do lado do consumidor, que compra mais quando tem maior confiança, seja pelo lado dos empresários, que têm maior segurança para ter mais estoques e oferecer maior variedade de produtos aos consumidores”, explica.

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